Dólar emenda 3ª alta seguida e fecha a R$ 5,478; Bolsa cai 2,2%
Enquanto o dólar comercial emendou a terceira alta seguida hoje, de 1,14%, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 2,2%, aos 102.507,01 pontos — a maior em seis dias.
No câmbio, o dólar fechou cotado a R$ 5,478 na venda. Foi a maior alta percentual diária em mais de duas semanas, desde 28 de outubro (1,43%), e o maior valor de fechamento em uma semana, desde 5 de novembro (R$ 5,545).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
O dólar chegou a operar em queda de mais de 1% ao longo do dia, mas passou a cair no início da tarde.
O real teve o pior desempenho entre as principais moedas emergentes hoje, em meio à disparada de casos de covid-19 no mundo e aos potenciais efeitos sobre a economia global decorrentes de novas restrições na Europa e nos Estados Unidos.
Já a Bolsa de Valores, apesar do segundo dia consecutivo de queda, apresenta variação positiva durante a semana, de 1,56%.
Gastos públicos no Brasil
Além do fator externo, Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital, chama atenção para o retorno do foco para os problemas fiscais no Brasil.
"O que desanima é que não se vê concretamente nenhum movimento claro na direção de resolução dos problemas das contas públicas. Guedes perdeu credibilidade", disse, citando o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em evento mais cedo, Guedes disse que o plano do governo para o auxílio emergencial é encerrá-lo ao fim deste ano, com retorno ao Bolsa Família como programa de transferência de renda. Mas ele alertou que, caso haja uma segunda onda de covid-19 no país —possibilidade que classificou como baixa—, o auxílio deverá ser mantido e um novo estado de calamidade pública deverá ser decretado.
O mercado já anda às voltas com riscos de manutenção de gastos relacionados à pandemia para 2021, temendo que a extensão dessas despesas provoque o descumprimento do teto de gastos —que limita os gastos do governo à inflação do ano anterior.
Guedes também voltou a falar na recriação de um imposto nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), duas semanas após dizer que o imposto estava "morto".
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