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Ações do Carrefour despencam mais de 5% nesta segunda

20/11/2020 - Manifestantes protestam em frente ao supermercado Carrefour, na zona norte de Porto Alegre (RS), onde um homem negro foi espancado e morto por dois seguranças Imagem: Jefferson Bernardes/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

23/11/2020 15h25Atualizada em 23/11/2020 18h47

As ações do Carrefour despencaram 5,35%, a R$ 19,30, nesta segunda-feira (23). Na mínima do dia, os papéis chegaram a ser cotados a R$ 18,95. Com isso, as ações da rede de supermercados interromperam uma sequência de seis sessões de alta.

Na última sexta-feira (20), elas subiram 0,49%, um dia após João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, morrer em uma loja da rede na zona norte de Porto Alegre, após ser espancado por um segurança e por um policial militar temporário. Os dois seguem presos.

Nesta segunda, os papéis do Pão de Açúcar, concorrente do Carrefour, também fecharam em queda, de 3,97%, a R$ 70,10.

Já o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, subiu 1,26%, aos 107.378,92 pontos.

Reações

A agressão a João Alberto Silveira Freitas aconteceu na noite de quinta-feira, véspera do feriado da Consciência Negra.

O caso gerou revolta e reação de diversos setores. Após a morte, manifestantes protestaram em lojas do Carrefour em diversos locais do país.

No sábado, o CEO do Carrefour Brasil, Noel Prioux, gravou um comunicado lamentando a morte.

"O que aconteceu na loja do Carrefour foi uma tragédia de dimensões incalculáveis, cuja extensão está além da minha compreensão como homem branco e privilegiado que sou. Antes de tudo, meus sentimentos à família de João Alberto. E meu pedido de desculpas aos nossos clientes, à sociedade e a nossos colaboradores", disse Prioux.

No domingo (22), o Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras) pediu a cassação do alvará de funcionamento da unidade do Carrefour onde João Alberto Silveira Freitas foi morto.

A Coalizão Negra por Direitos entrou com representação no MPF (Ministério Público Federal) e no MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) para investigação da morte, além de reunir assinaturas em apoio a um boicote contra o Carrefour.

Nesta segunda-feira, o Procon-SP notificou o hipermercado para que a companhia se explique sobre o episódio. A resposta deverá ser apresentada em 72 horas a partir desta segunda-feira, 23.

(Com agências)

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