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Bolsa fecha em queda de 0,45%; dólar cai 0,21%, cotado a R$ 5,373

Eva HAMBACH / AFP
Imagem: Eva HAMBACH / AFP

Do UOL, em São Paulo

08/02/2021 17h23Atualizada em 08/02/2021 18h55

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda hoje (8). O índice caiu 0,45% aos 119.696,36 pontos. As ações da CSN lideraram os ganhos na Bolsa, com 8,57% de alta. Na outra ponta, os papéis da Petrobras caíram 4,14%.

Já o dólar comercial fechou hoje (8) em queda de 0,21% ante o real, cotado a R$ 5,373 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é mais alto.

Na sexta-feira (5), a moeda norte-americana subiu 0,82% aos 120.240,26 pontos. Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 4,50%.

A expectativa de aprovação nos Estados Unidos do pacote de ajuda de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden direcionava os mercados internacionais, enquanto, no Brasil, os agentes do mercado ficavam atentos a movimentação política sobre o risco fiscal.

Além de "esperanças de que o governo dos Estados Unidos consiga aprovar um novo pacote fiscal (...) para combater os efeitos da pandemia do coronavírus", Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora, atribuiu o clima no exterior ao "crescente otimismo sobre a recuperação da economia global" em nota matinal.

Números desta manhã mostraram que o setor industrial da Alemanha evitou contração em dezembro apesar dos lockdowns devido ao coronavírus no país e no exterior uma vez que a demanda forte da China ajudou a maior economia da Europa a enfrentar a pandemia do covid-19.

"Lá fora o dólar ganha de seus pares e das moedas emergentes e ligadas as commodities, depois de cair fortemente na sexta-feira em reação a dados fracos de criação de empregos nos Estados Unidos", disse Esquelbek à Reuters.

Enquanto isso, no Brasil, a atenção ficava nas discussões em torno de mais medidas de auxílio emergencial, em meio a persistentes incertezas fiscais. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), voltou a defender a necessidade de se buscar um formato de assistência social aos mais atingidos pela crise do coronavírus e, ainda assim, respeitar o teto de gastos.

Em meio a esses ruídos, os investidores seguem à espera de avanços concretos em direção ao aperto dos gastos no país, já que os níveis recordes da dívida pública têm sido motivo de preocupação, enquanto torcem pela retomada da agenda de reformas estruturais do governo.

"As perspectivas existentes em torno da nova ação assertiva do Congresso, com foco na tramitação das matérias extremamente relevantes que estavam represadas, não ensejam perspectivas de soluções no curto prazo do que seja fundamental e essencial", opinou em nota Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora à Reuters.

"Há, portanto, risco latente de agravamento da situação fiscal." A notícia de que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participará de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para tratar da autonomia do BC também entrava no radar.

(Com Reuters)