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Bolsa fecha em alta de 0,73% após três quedas; dólar sobe 0,32%, a R$ 5,388

Getty Images via BBC
Imagem: Getty Images via BBC

Do UOL, em São Paulo

11/02/2021 17h22Atualizada em 11/02/2021 18h50

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta hoje (11). O índice teve valorização de 0,73% aos 119.299,83 pontos, após três dias de queda — ontem (10), o índice caiu 0,87% aos 118.435,33 pontos.

As ações da Totvs lideraram os ganhos na Bolsa, com 7,77% de alta. Na outra ponta, os papéis da CSN caíram 3,98%.

O dólar comercial fechou hoje (11) em alta de 0,32% ante o real, cotado a R$ 5,388 na venda. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (10), a moeda norte-americana teve queda de 0,22% ante o real, cotado a R$ 5,371 na venda.

O mercado ficou volátil durante o dia. Após abrir em queda, o dólar passou a subir ante o real, mesmo com o otimismo sobre o projeto que confere autonomia formal ao Banco Central, que passou pela Câmara e foi encaminhado para sanção presidencial, enquanto os investidores continuavam acompanhando a situação fiscal do Brasil.

A proposta votada na véspera visa garantir à instituição financeira que execute suas tarefas sem risco de interferência político-partidária, e é vista por economistas e outros participantes do mercado como um avanço positivo.

A avaliação é que formalizar em lei uma autonomia que o BC já goza em boa medida na prática aumenta a confiança na autoridade monetária e representa um passo em direção às melhores práticas já adotadas por economias desenvolvidas, segundo especialistas.

"Praticamente às vésperas de mais um longo período de inatividade dos mercados financeiros em decorrência dos feriados de 'Carnaval', a boa notícia na política é que o Centrão mostrou sua força na Câmara Federal (...) derrotando todas as emendas da oposição", explicou à Reuters Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.

Vários analistas citavam também esperanças de que esse seja o início da retomada da agenda de reformas do governo, e que pautas vistas como essenciais para a recuperação fiscal e econômica do Brasil possam avançar no Congresso sob as novas presidências da Câmara e do Senado.

Ainda assim, os agentes do mercado seguem de olho nas contas públicas, temendo que a pressão por mais medidas de estímulo econômico para a população vulnerável leve ao desrespeito do teto de gastos do governo em 2021.

"O contraponto à entrega do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está na enfática defesa que faz a 'excepcionalizar' o pagamento do auxílio emergencial, ao mesmo tempo em que defende o teto dos gastos públicos", disse à Reuters Gomes da Silva.

Enquanto isso, no exterior, os investidores acompanhavam o avanço de um pacote de estímulo trilionário nos Estados Unidos, enquanto reagiam à garantia feita pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que a política monetária norte-americana permanecerá expansionista até que o país tenha alcançado pleno emprego.

(Com Reuters)