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Bolsa fecha em queda de 0,96%; dólar sobe 0,48%, cotado a R$ 5,441

Dólar tem segundo dia consecutivo de alta, enquanto a Bolsa cai - Getty Images/iStockphoto
Dólar tem segundo dia consecutivo de alta, enquanto a Bolsa cai Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

18/02/2021 17h26Atualizada em 18/02/2021 19h00

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda hoje (18). O índice caiu 0,96% aos 119.198,97 pontos.

As ações do Carrefour lideraram os ganhos na Bolsa, com 2,33% de alta. Na outra ponta, os papéis da Minerva caíram 4,37%.

Ontem (17), o índice teve valorização de 0,78% aos 120.355,79 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje (18) em alta de 0,48% ante o real, cotado a R$ 5,441 na venda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem (17), a moeda norte-americana teve alta de 0,76% ante o real, cotado a R$ 5,415 na venda.

O dia foi negativo para ativos de risco no mundo em meio a incertezas sobre a recuperação econômica global e receios em torno da agenda econômica no Brasil.

Os investidores no país seguem acompanhando as discussões em torno de mais gastos com auxílio emergencial para a população, em meio a persistentes temores sobre as contas públicas, o que faz com que o dólar suba e a Bolsa caia.

O governo está elaborando em conjunto com representantes do Congresso o texto para viabilizar novo auxílio emergencial. A ajuda seria de R$ 250 e duraria até quatro meses, desde que seja encaminhada uma agenda que inclua votação de propostas para abrir espaço fiscal e reformas. "Os gastos com auxílio devem furar o teto fiscal", comentou à Reuters Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.

Para a economista-chefe do Credit Suisse Brasil, Solange Srour, a inflação no Brasil ficará ainda mais alta que o esperado e bem acima do centro da meta neste ano, com as expectativas para 2022 já sob risco, e esse cenário pede uma ação mais efetiva do Banco Central, cuja avaliação atual sobre a alta dos preços ainda parece "leve".

Segundo a economista, com o aumento dos custos se intensificando, o BC deveria começar um processo de normalização da política monetária no próximo mês e com uma elevação de 0,50 ponto percentual da taxa Selic. O juro chegaria ao fim do ano em 4,5% (ante os atuais 2%) e iria para 6% ao término de 2022.

Do exterior, a influência das bolsas de Nova York e da Europa era negativa, com investidores na defensiva enquanto aguardam mais informações sobre novos estímulos econômicos. Temores de aumento de inflação com o crescimento econômico ainda tentando ser recuperado deixavam investidores nervosos também nos EUA.

Uma aceleração da inflação nos EUA poderia levar o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) a retirar parte do suporte concedido aos mercados para enfrentamento da crise causada pela pandemia, o que significaria menos liquidez para países emergentes, como o Brasil.

(Com Reuters)