Bolsa tomba 4%, e dólar vai a R$ 5,778 após anulação de condenações de Lula
A anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva movimentou o fechamento da Bolsa e do dólar. Após a decisão, divulgada por volta das 15h30, o Ibovespa fechou em queda de 3,98%, e a moeda norte-americana subiu 1,67%.
A Bolsa já operava em queda ao longo do dia, e o dólar avançava, mas a decisão de Edson Fachin, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), acentuou os dois panoramas.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou aos 110.611,58 pontos. Já o dólar comercial fechou em alta de 1,67% cotado a R$ 5,778 na venda. É o maior valor de fechamento desde 15 de maio do ano passado (R$ 5,839).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Decisão do STF agita mercado
O dólar já vinha em alta e disparou no meio da tarde desta segunda-feira, pulando cerca de R$ 0,05 em três minutos, depois da anulação das condenações de Lula.
A Bolsa também já operava em queda desde a abertura, em meio a movimentos de venda de ações para embolsar lucros e um quadro ainda preocupante sobre a covid-19 no país, mas ampliou a queda após a notícia acerca de Lula.
Ao conceder o habeas corpus a Lula, Fachin declarou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, origem da Lava Jato, não tem competência para julgar os processos do tríplex do Guarujá (SP), do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula. Agora, caberá à Justiça Federal do Distrito Federal analisar os três casos.
Assim, Lula ficaria elegível para a eleição presidencial de 2022. A decisão de Fachin será posteriormente avaliada pelo plenário do STF. No fim de semana, a imprensa publicou levantamento do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) segundo o qual Lula teria mais potencial de voto do que Bolsonaro.
"Com Lula elegível, cresce ainda mais a chance deste governo ir totalmente para o populismo", comentou à Reuters Alfredo Menezes, sócio-gestor na Armor Capital.
O receio de investidores de que o governo enverede por um caminho mais populista aumentou nas últimas semanas, depois de uma série de episódios em que, para o mercado, o presidente Jair Bolsonaro agiu deixando de lado princípios de uma política econômica liberal.
"Bolsonaro pode se movimentar na direção de medidas mais populistas", afirmou a equipe da XP Política em comentário a clientes.
(Com Reuters)
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