Após semana de queda, dólar tem alta de 1,44%, a R$ 5,639; Bolsa sobe 0,60%
O dólar comercial fechou hoje (15) em alta de 1,44% ante o real, cotado a R$ 5,639 na venda, após acumular queda de 2,18% na semana passada.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto. Sexta-feira (12), o dólar subiu 0,31%, fechando a R$ 5,560 na venda.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, também fechou em alta hoje. O índice teve valorização de 0,60% aos 114.850,74 pontos.
As ações da Gol lideraram os ganhos na Bolsa, com 5,66% de alta. Na outra ponta, os papéis da CSN caíram 4,76%. Na sexta-feira (12), o índice teve queda de 0,72%, aos 114.160,40 pontos.
Mudança no horário da Bolsa
A partir de hoje, o pregão da Bolsa de Valores brasileira passou a funcionar das 10h às 17h. Com a mudança, o After Market, que são negociações que podem ser realizadas mesmo depois que o mercado fecha, voltou a acontecer entre 17h30 e 18h.
Até a última sexta-feira, a B3 funcionava até as 18h. A mudança é por causa do início do horário de verão nos EUA. A ideia é não criar um distanciamento tão grande entre os horários de funcionamento da B3 e da Bolsa de Nova York.
Expectativa pela alta da Selic
Agentes do mercado permanecem atentos a movimentação do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic) e a uma correção natural do dólar ante o real, após a moeda brasileira acumular uma queda expressiva na semana passada.
Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, disse à Reuters que uma possível explicação para os ganhos apresentados pela moeda norte-americana seria a valorização recente do real. O dólar fechou a semana passada em baixa de 2,18% contra a divisa brasileira, maior queda desde a primeira semana de dezembro de 2020 (-3,77%).
"Recentemente, houve um movimento bem pronunciado do real; chegamos a flertar com R$ 5,90 por dólar (na semana passada), mas a moeda fechou a semana perto dos R$ 5,55", explicou à Reuters, citando um movimento de realização de lucros.
Além disso, no Brasil, o Banco Central anunciará na quarta-feira sua decisão de política monetária, ao fim de uma reunião de dois dias, com amplas expectativas entre os economistas de elevação da taxa Selic a 2,50%, ante patamar atual de 2%, uma mínima histórica.
"O BC vai antecipar para quarta-feira um ciclo moderado de alta de juros que aconteceria mais para frente", disse Rostagno. Para ele, "embora ainda não haja uma pressão disseminada da alta dos preços, há itens que estão oferecendo pontos de pressão.
A preocupação do BC é de que um novo choque dos preços pudesse desancorar as expectativas de inflação." Na semana passada, dados divulgados pelo IBGE mostraram que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,86% em fevereiro, ante 0,25% no mês anterior.
Economistas da Genial Investimentos preveem alta para 2,5% ao ano, de 2% atualmente, citando deterioração do balanço de riscos, incluindo elevação das expectativas de inflação. Para o final do ano, veem a Selic a 4%.
Já Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, opinou em nota que "o desafio imposto pelo câmbio ao BC deve levar a uma (alta) imediata nos juros, com elevação em nossa projeção de 50 pontos-base, mais como forma de debelar a volatilidade na relação real/dólar do que evitar uma inflação de consumo que evidentemente não está acontecendo".
O banco central norte-americano também anunciará sua decisão de política monetária na quarta-feira, e a expectativa é de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) mantenha sua taxa de juros, apesar da alta recente dos rendimentos dos títulos e das maiores expectativas de inflação.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.