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Bolsa dispara 2,22% após decisão do FED; dólar cai 0,59%, a R$ 5,586

Eva HAMBACH / AFP
Imagem: Eva HAMBACH / AFP

Do UOL, em São Paulo

17/03/2021 17h35Atualizada em 17/03/2021 18h13

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, abriu em queda, mas reverteu a tendência e fechou em forte alta hoje (17). O índice teve uma valorização de 2,22% aos 116.549,44 pontos, após o FED (Federal Reserve, o banco central norte-americano) repetir a promessa de manter meta de juros próxima de zero no próximos ano e na expectativa do aumento da taxa básica de juros (Selic) no Brasil.

Foi a maior cotação do Ibovespa desde 19 de fevereiro, quando atingiu 118.430,53 pontos. As ações da Sul América lideraram os ganhos na Bolsa, com 9,87% de alta. Na outra ponta, os papéis da Hapvida caíram 2,39%.

Ontem (16), o índice teve desvalorização de 0,72% aos 114.018,78 pontos.

Já o dólar comercial fechou hoje em queda de 0,59% ante o real, cotado a R$ 5,586 na venda, na segunda queda seguida da moeda.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,36% ante o real, cotado a R$ 5,619 na venda.

A melhora no cenário econômico do Fed não alterou imediatamente as expectativas das autoridades em relação aos juros. Sete de 18 autoridades agora esperam alta em 2023, contra cinco em dezembro. Quatro acham que pode ser necessário aumentar os juros já no próximo ano, contra zero em dezembro.

Além disso, investidores da Bolsa paulista ainda aguardam a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), após o fechamento, quando o Banco Central deve promover a primeira alta em quase seis anos da taxa básica de juros, atualmente em 2% ao ano.

"O Banco Central encara uma situação desafiadora", escreveram analistas da Genial Investimentos em nota matinal à Reuters.

"O recrudescimento da pandemia ameaça o retorno da atividade econômica e o alto desemprego é um fator de baixa para os núcleos da inflação ao longo deste e do próximo ano. No entanto, o balanço de riscos se deteriorou desde a última reunião do Copom. Houve elevação das expectativas de inflação, depreciação cambial e risco de aperto nas condições financeiras globais devido à elevação dos juros longos norte-americanos."

O Credit Suisse, que estima que a Selic subirá em 0,5 ponto percentual, destaca que o comunicado pode esclarecer o quão deteriorado o BC considera o balanço de riscos para a inflação, se ainda vê os choques inflacionários como temporários, e se a taxa de juros deve ser normalizada, mas apenas parcialmente.

Na visão do diretor de investimentos da BS2 Asset, Mauro Orefice, porém, a alta da Selic não muda muito a perspectiva (positiva) de longo prazo para a bolsa. "Nenhum analista fazia valuation olhando Selic a 2%", afirmou, atribuindo a fraqueza recente a outras variáveis, entre elas questões políticas.

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(Com Reuters)