Bolsa tem maior queda desde março e cai a 117 mil pontos; dólar sobe 0,22%
Principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), o Ibovespa terminou o dia em queda de 1,26%, aos 117.712,00 pontos. É a maior baixa percentual registrada desde 23 de março, quando o indicador fechou a sessão em desvalorização de 1,49%.
Contribuíram para este resultado o desempenho das ações do Banco Inter (BIDI11) e da Locaweb (LWSA3), que tiveram queda de 7,69% e 5,13%, respectivamente. As maiores altas, em contrapartida, ficaram com PetroRio (PRIO3) e Fleury (FLRY3): 3,70% e 2,55%.
Já o dólar encerrou a terça-feira em alta de 0,22%, cotado a R$ 5,431 na venda, e praticamente compensando a queda de 0,24% registrada na sessão anterior. No ano, a moeda americana já acumula valorização de 4,66% frente ao real.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Congresso no radar
O cenário doméstico se sobressaiu ao exterior, com investidores atentos aos primeiros depoimentos na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Hoje, foi ouvido o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta; seu sucessor, Nelson Teich, deve falar amanhã.
Já o depoimento de Eduardo Pazuello, também previsto para esta quarta-feira (5), foi adiado em duas semanas, após o general alegar que teve contato com pessoas infectadas pelo coronavírus.
Há ainda a expectativa pela leitura do relatório da reforma tributária na comissão mista do Congresso. Mais cedo, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) compartilhou uma foto sua ao lado do relator do texto, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e defendeu a simplificação dos impostos.
"Precisamos simplificar impostos para gerar mais empregos e renda, sobretudo por conta dos problemas causados pela pandemia", escreveu o emedebista.
Expectativa para a Selic
Paralelamente, o mercado mantém no radar a reunião do Copom (Conselho de Política Monetária), que teve início hoje e termina amanhã. A expectativa é de que o Banco Central aumente os juros básicos da economia — taxa Selic —, atualmente em 2,75% ao ano, para 3,5% ao ano.
João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos, disse à Reuters que, olhando além da alta registrada hoje pelo dólar, a perspectiva de aumento da Selic, aliada à forte demanda por commodities, pode representar apoio ao real no médio prazo.
"O que complica fazer qualquer previsão é o risco político, que o mercado embute no câmbio", afirmou. "Qualquer cenário mais tenso em Brasília pode mudar essa perspectiva."
(Com Reuters)
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