Dólar cai a R$ 5,278, menor valor em quase 4 meses; Bolsa sobe 0,30%
Com investidores ainda digerindo a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o dólar terminou o dia em queda de 1,62%, cotado a R$ 5,278 na venda. É o menor valor de fechamento alcançado desde 14 de janeiro, quando a moeda americana encerrou a sessão aos R$ 5,210.
Na semana, o dólar já acumula perdas de 2,84% frente ao real. Em 2021, porém, o balanço ainda é mais favorável à moeda americana, que valorizou 1,72% no período.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou alta de 0,30%, chegando aos 119.920,61 pontos. Com o desempenho de hoje, a semana se mantém positiva para o indicador, que subiu 0,86% desde segunda-feira. No ano, a alta acumulada é de 0,76%.
Destaque para as ações da Ambev (ABEV3) e da Gerdau (GOAU4), que valorizaram 8,55% e 5,18% no pregão, respectivamente. Na outra ponta, a Ultrapar (UGPA3) e a Locaweb (LWSA3) foram responsáveis pelas maiores perdas: -6,84% e -5,56%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Reação ao Copom
O mercado avaliou hoje a decisão do Banco Central de elevar os juros básicos da economia (taxa Selic) em 0,75 ponto percentual, para 3,50% ao ano. O movimento acontece em meio ao aumento persistente da inflação, e o Copom ainda sinalizou que deve promover um novo reajuste de mesma magnitude na próxima reunião, marcada para o mês que vem.
Na penúltima reunião, em março, o BC anunciou estar dando início a um processo de "normalização parcial" da política monetária, indicando a intenção de ainda manter um estímulo à economia, com juros abaixo do patamar neutro (6,5%)
Ontem, no entanto, a autoridade monetária fez um ajuste à linguagem, destacando que "no momento" o cenário básico indica a normalização parcial da taxa de juros como apropriada, "com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica".
"[O comunicado] alertou que os passos futuros poderão ser ajustados para cumprir a meta de inflação, reduzindo bastante seu compromisso com um ajuste parcial", disseram analistas do Bradesco à Reuters. "Aqui está, a nosso ver, a maior novidade na comunicação."
Depois que a redução da Selic a mínimas históricas consecutivas em 2020 foi apontada como um fator de impulso para o dólar, há agora entre os mercados a perspectiva de um cenário mais benigno para o real com o novo ciclo de aperto monetário do BC, que poderia elevar a entrada de fluxos estrangeiros no país ao tornar alguns investimentos domésticos mais atraentes.
Ao mesmo tempo, já há sinais nos mercados globais de que a busca por maior rendimento pode manter a fraqueza mundial do dólar nos próximos meses. "O dólar já cedeu bastante nos últimos dias e a tendência é que o real fique cada vez mais em linha com pares estrangeiros", opinou Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos.
(Com Reuters)
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