Dólar sobe 1,59%, a R$ 5,306; Bolsa tem queda de 2,65%, a maior em 2 meses
O dólar comercial fechou o dia em alta de 1,59%, cotado a R$ 5,306 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira terminou em forte queda de 2,65%, aos 119.710,03 pontos. Foi a maior queda diária em mais de dois meses, desde 8 de março (-3,98%).
O mercado hoje foi afetado pela divulgação de dados sobre a inflação nos Estados Unidos em abril, com números mais altos do que o esperado.
Na Bolsa, Banco Inter (BIDI11) e Marfrig (MRFG3) lideraram as perdas do dia, registrando queda de 8,04% e 7,92%, respectivamente. Na outra ponta, destaque positivo para as ações da BR Distribuidora (BRDT3), que subiram 4,52% no pregão.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Inflação nos EUA surpreende
Os preços ao consumidor nos EUA subiram mais do que o esperado em abril, uma vez que a crescente demanda em meio à reabertura da economia encontrou restrições de oferta. Dados do Departamento do Trabalho americano mostraram que a inflação subiu 0,8% no mês, resultado bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de 0,2%.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice saltou 0,9%, leitura também acima da projeção (alta de 0,3%).
Desde que os EUA começaram a dar sinais de reabertura, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) tem repetido sua promessa de manter intacta a política de juros baixos, estabelecendo o pleno emprego e a consolidação de sua meta de inflação como condições para subida das taxas.
Apoiando apostas de que o Fed não elevaria os juros, um importante relatório de emprego americano divulgado semana passada ficou bem abaixo das expectativas. Mesmo assim, os mercados monetários dos EUA veem agora 100% de probabilidade de o Fed elevar os juros em 25 pontos-base até dezembro de 2022, contra 88% antes dos dados de inflação.
"A surpresa no índice [de inflação] é inegável", disse à Reuters o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel. "Para efeitos do Fed, a menos que haja sustentação da inflação acima de 2% por um período razoavelmente longo de tempo, o elevado desemprego deveria prevalecer na definição de política monetária".
Um cenário de juros mais altos nos EUA tende a prejudicar moedas emergentes — como o real —, uma vez que investidores abrem mão de ativos de risco e migram para mercados em dólar.
(Com Reuters)
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