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Bolsa tem alta de 0,83% e volta aos 120 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,313

Ibovespa volta ao patamar dos 120 mil pontos e fecha o dia em alta - Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo
Ibovespa volta ao patamar dos 120 mil pontos e fecha o dia em alta Imagem: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/05/2021 17h22Atualizada em 13/05/2021 18h28

Um dia após registrar a maior queda desde março, o Ibovespa voltou a subir e recuperou o patamar dos 120 mil pontos. Puxado por alguns bons resultados corporativos, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) fechou o dia em alta de 0,83%, aos 120.705,91 pontos.

Destaque para as ações da YDUQS (YDUQ3) e da Eletrobras (ELET3), que subiram 9,67% e 6,90%, respectivamente. As maiores baixas, em contrapartida, ficaram com a Usiminas (USIM5) e Marfrig (MRFG3): -4,47% e -3,77%.

"A bolsa brasileira sobe [hoje] influenciada pelo mercado de fora", explicou à Reuters o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos. "Além disso, bons resultados de empresas como Natura&Co [que registrou alta de 3,90% no pregão] e outras acabam ajudando".

Na semana, porém, o balanço ainda é negativo: o indicador acumula queda de 1,09% desde segunda-feira (10).

O dólar também encerrou a sessão em alta, esta de 0,15%, cotado a R$ 5,313 na venda. É a segunda valorização consecutiva — embora menos expressiva — registrada pela moeda americana, que ontem subiu 1,59%, puxada pela divulgação dos dados da inflação de abril nos Estados Unidos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Índices e CPI no radar

Pela manhã, a moeda americana chegou a cair frente ao real, parcialmente influenciado pela divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) — considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) —, que teve queda de 1,59% em março. O resultado veio melhor do que o esperado (-3,75%), segundo pesquisa da Reuters.

Mas a tendência não se sustentou ao longo da sessão.

Paralelamente, investidores seguiram monitorando com cautela a CPI da Covid no Senado, que hoje ouviu o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. O depoimento foi menos tenso que o da véspera, do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten — que chegou a ser acusado de mentir e foi ameaçado de prisão.

"Sem surpresa, mas como destaque, o depoimento [de Wajngarten] trouxe novamente à luz a negligência do governo na obtenção de vacinas" contra a covid-19, disse em nota Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. "O mercado vê a rejeição do presidente Jair Bolsonaro [sem partido] explodir enquanto a CPI (...) segue a todo vapor."

(Com Reuters)