Dólar tem maior alta em 10 meses e vai a R$ 5,251; Bolsa cai pelo 3º dia
Após fechar a última sessão praticamente estável, o dólar comercial abriu a semana em forte alta de 2,64%, cotado a R$ 5,251 na venda. É o maior ganho percentual diário em dez meses, desde 18 de setembro de 2020, quando a moeda norte-americana subiu 2,79%.
O Ibovespa emendou hoje sua terceira queda consecutiva, a segunda de mais de 1%. Com a desvalorização de 1,24%, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) chegou aos 124.394,57 pontos — menor patamar desde 27 de maio deste ano (124.366,57 pontos).
Os resultados ocorrem em meio ao temor com o aumento de casos da variante delta do coronavírus em todo o mundo. Hoje, a OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou que a variante circula em 111 países e que o número pode ser ainda maior.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Preocupação com variante delta
O desempenho do dólar e da Bolsa hoje são reflexo da preocupação do mercado com a rápida disseminação da variante delta do coronavírus, ainda mais transmissível que as anteriores. Por ora, o receio se concentra no constante aumento de novos casos de covid-19 em países asiáticos, que até então vinham controlando melhor a pandemia.
O possível impacto econômico de um novo lockdown (confinamento total) nesses locais e a perda de ímpeto nas projeções mais otimistas para os Estados Unidos têm deixado investidores nervosos, num momento em que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) ainda lida com uma inflação mais alta.
No pior dos cenários do mercado, está uma "estagflação" — baixo crescimento econômico e preços mais altos.
Embora continuemos esperando que o dólar passe a cair nos próximos meses, a incerteza de curto prazo em torno do crescimento global e das perspectivas da política monetária argumenta contra por enquanto, em nossa opinião.
Estrategistas do Goldman Sachs, em nota
A narrativa de "reflação global" — aumento de preços com crescimento econômico pós-crise —, contudo, ainda é citada por vários analistas como argumento de baixa para o dólar. O banco ING inclusive vê o real como beneficiário desse cenário, junto com outras moedas pró-cíclicas, como peso mexicano, rublo russo e coroa norueguesa.
(Com Reuters)
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