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Bolsa tem queda de 2,48% em agosto, 2º mês de perdas; dólar cai a R$ 5,172

Em 2021, tanto Ibovespa quanto dólar registram queda: o índice, de 0,20%; a moeda americana, de 0,32% - Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo
Em 2021, tanto Ibovespa quanto dólar registram queda: o índice, de 0,20%; a moeda americana, de 0,32% Imagem: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

31/08/2021 17h22Atualizada em 31/08/2021 20h22

O Ibovespa fechou a terça-feira (31) em queda de 0,80%, aos 118.781,03 pontos, chegando ao segundo resultado negativo seguido. Com o desempenho de hoje, o principal índice da Bolsa de Valores de brasileira (B3) encerra agosto em baixa acumulada de 2,48% — o segundo mês consecutivo de perdas, após a forte queda de 3,94% em julho.

O dólar também terminou o dia em desvalorização, esta de 0,34%, e fechou o mês cotado a R$ 5,172 na venda. Assim como para a Bolsa, agosto foi negativo para a moeda americana, que somou perdas de 0,73% frente ao real no período, depois de disparar 4,76% no mês anterior.

Em 2021, tanto Ibovespa quanto dólar têm resultado negativo: o indicador vai acumulando queda de 0,20%, enquanto o dólar caiu 0,32% no ano.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

China influencia Bolsa...

O novo resultado negativo do Ibovespa é explicado, em partes, pela queda nos preços do minério de ferro na China. A baixa puxou ações como as da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional, CSNA3) e da Vale (VALE3), que caíram 4,99% e 1,37% na sessão, respectivamente.

... E dados locais ajudam real

Contribuiu para a queda do dólar hoje a divulgação de dados locais sobre trabalho, que vieram melhores do que o esperado pelo mercado. Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,1% no trimestre terminado em junho, ante 14,6% nos três meses até maio.

A previsão, segundo pesquisa da Reuters, era de que o índice ficaria em 14,4% — 0,3 ponto percentual acima do verificado no período.

Além disso, segundo explicou à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, "é normal ver pressão técnica no último dia do mês", devido à formação da Ptax — uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes a suas posições.

Ontem já foi um dia positivo no exterior, e o real não estava conseguindo aproveitar muito bem o otimismo externo. (...) A percepção de que a redução de estímulos [à economia] nos Estados Unidos vai começar só no final de ano começou a deixar o cenário mais favorável [para ativos mais arriscados, como o real] internacionalmente.
Fernando Bergallo, da FB Capital

(Com Reuters)