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Dólar cai 0,38% e vai a R$ 5,238; Bolsa também tem queda, a 2ª seguida

No mês, o dólar ainda acumula alta de 1,27% frente ao real, enquanto o Ibovespa perdeu 3,13% - Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo
No mês, o dólar ainda acumula alta de 1,27% frente ao real, enquanto o Ibovespa perdeu 3,13% Imagem: Kevin David/A7 Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/09/2021 17h23Atualizada em 15/09/2021 17h52

Mantendo a volatilidade observada nos últimos dias, o dólar fechou a quarta-feira (15) em queda de 0,38%, cotado a R$ 5,238 na venda, depois de subir 0,65% na véspera. A moeda americana vem intercalando resultados desde o último dia 3, não tendo acumulado nem duas altas, nem duas quedas consecutivas no período.

O Ibovespa também terminou o dia em queda, esta de 0,96%, chegando aos 115.062,54 pontos. É a segunda baixa consecutiva registrada pelo principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) — que ontem caiu 0,19% —, o que não acontecia desde o fim de agosto.

No mês, o dólar ainda acumula alta de 1,27% frente ao real, enquanto o Ibovespa perdeu 3,13%. Em 2021, o cenário se repete, com ganhos de 0,94% para a moeda e queda de 3,32% para o indicador.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Prévia do PIB ajudou real

Contribuiu para a valorização do real hoje — e, consequentemente, a queda do dólar — a divulgação de dados econômicos do Brasil melhores do que o esperado. Pela manhã, o Banco Central informou que o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, acima da expectativa de 0,4% apontada em pesquisa da Reuters.

Rafael Panonko, analista chefe da Toro Investimentos, disse à Reuters que, ao mesmo tempo que os investidores repercutiram os números da atividade econômica no Brasil, também reagiram à fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ontem, ele disse que levará os juros básicos da economia (Selic) "até onde precisar", mas que isso não significa uma alteração no "plano de voo" para conter a inflação.

[Mas] Não acredito em quedas fortes do dólar contra real até o final do ano. O momento que a gente vive é incerto, enquanto a crise institucional atrasa reformas e torna a articulação política difícil.
Rafael Panonok, da Toro Investimentos

Em nota, analistas da Genial Investimentos disseram que "a declaração foi interpretada como um recado de que o Copom [Comitê de Política Monetária do BC] não deverá acelerar o processo de aumento da taxa Selic na reunião da próxima semana, apesar da surpresa negativa do IPCA de agosto."

Hoje, a Selic está em 5,25% ao ano, depois de ter sido reajustada em 1 ponto percentual na última reunião do Copom, no início de agosto. Na ocasião, o comitê deixou em aberto a possibilidade de promover um novo aumento da mesma magnitude no próximo encontro, marcado para quarta-feira que vem (22).

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)