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Bolsa tem 4ª queda e atinge menor patamar desde março; dólar vai a R$ 5,282

Amanda Perobelli/Reuters
Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em São Paulo

17/09/2021 17h38Atualizada em 17/09/2021 18h54

O Ibovespa teve hoje a quarta queda consecutiva na semana, esta de 2,07%, e fechou o dia aos 111.439,37 pontos —, o menor patamar desde 9 de março, quando o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) bateu 111.330,62 pontos. Com isso, a Bolsa de Valores brasileira (B3) chegou a sua terceira semana consecutiva de queda. Desta vez, a variação semanal foi de -2,49%.

Já o dólar encerrou a sessão em alta de 0,33%, cotado a R$ 5,282 na venda, após ter subido 0,54% na véspera. Desde o último dia 3, a moeda americana estava intercalando resultados, não tendo acumulado nem duas altas e nem duas quedas consecutivas no período. Esse é o maior valor desde 23 de agosto, quando a moeda era cotada a R$ 5,382.

No mês, o dólar acumula alta de 2,13% frente ao real, enquanto o Ibovespa perdeu 6,18%. Em 2021, o cenário se repete, com ganhos de 1,8% para a moeda dos EUA e queda de 6,37% para o indicador.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Aumento do IOF

Em meio a incertezas persistentes sobre a capacidade do governo de manter seus gastos dentro do teto, o presidente Jair Bolsonaro editou na quinta-feira um decreto com aumento do imposto sobre operações financeiras IOF, com o objetivo de custear o aumento no valor do novo programa social do governo, que irá substituir o Bolsa Família. Ainda não está definido o novo valor do benefício.

De acordo com o Ministério da Economia, o decreto eleva a alíquota do IOF nas operações de crédito efetuadas por pessoas jurídicas da atual alíquota anual de 1,5% para 2,04%, e para pessoas físicas dos atuais 3% anuais para 4,08%.

A medida, que pegou o mercado de surpresa, está sendo digerida por investidores e, antes de mais nada, coloca em evidência as dificuldades do governo em aprovar fontes de financiamento permanentes para o seu novo programa social, o Auxílio Brasil, escreveu Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

Por outro lado, alguns investidores chamavam a atenção para o fato de que o aumento de arrecadação com a alta do IOF está estimado em R$ 2,14 bilhões; "um valor muito baixo", disse à Reuters Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank, embora tenha ressaltado que "aumentos de imposto nunca são [bem-recebidos] pelos mercados".

*Com Reuters