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Bolsa emenda 2ª alta, de 1,84%; dólar também sobe e fecha a R$ 5,304

Com os resultados de hoje, o dólar agora acumula valorização de 2,56% frente ao real em setembro - Cris Faga/NurPhoto via Getty Images
Com os resultados de hoje, o dólar agora acumula valorização de 2,56% frente ao real em setembro Imagem: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

22/09/2021 17h21Atualizada em 22/09/2021 19h06

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em alta de 1,84% nesta quarta-feira (22), aos 112.282,28 pontos. É a segunda alta consecutiva registrada pelo índice, que antes emendou cinco baixas, duas delas acima de 2%.

O dólar comercial também encerrou o dia em alta, de 0,34%, cotado a R$ 5,304 na venda. O mercado fechou antes de o Banco Central anunciar a decisão de subir a taxa básica de juros, a Selic, de 5,25% para 6,25% ao ano, o maior patamar em dois anos.

Com os resultados de hoje, o dólar agora acumula valorização de 2,56% frente ao real em setembro e de 2,22% no ano. O Ibovespa, em contrapartida, registra perdas em ambos os períodos: de 5,47% no mês e de 5,66% em 2021.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Mercado esperava decisões sobre juros aqui e nos EUA

Na sessão de hoje, concentraram a atenção dos mercados as reuniões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Mais cedo, autoridades do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) sinalizaram que devem começar a aumentar os juros já em 2022, dizendo acreditar que as taxas— hoje próximas a zero — podem subir para pelo menos 1% até o final de 2023.

O movimento, que tem como objetivo controlar a inflação, também deve valorizar o dólar aqui. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair para lá recursos hoje investidos em outros países, como o Brasil.

Aqui, a expectativa de aumento de 1 ponto percentual na Selic se concretizou, após o fechamento do mercado.

Aumento nos juros no Brasil tenderia a tornar o real mais atrativo. O problema, segundo explicou Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos, é que a crise política tem afastado investidores.

Dado o diferencial de juros cada vez mais significativo [entre Brasil e economias avançadas], o real deveria ter maior apreciação, mas ruídos políticos domésticos não têm permitido essa valorização. (...) [É preciso] acertar o ruído político em Brasília e contornar a volatilidade antes das eleições de 2022.
Mauro Morelli, à Reuters

(Com Reuters)