Bolsa brasileira tem 2º pior desempenho em 2021 e só ganha da Venezuela

O Ibovespa, o principal índice acionário da B3, a Bolsa de Valores brasileira, registrou, até novembro, o segundo pior desempenho mundial em 2021, segundo índice feito pela agência Austin Rating com índices de 78 países.

Considerando a moeda local (real, no caso brasileiro), entre dezembro de 2020 e novembro de 2021 o Ibovespa recuou 14,4%. O desempenho só não foi pior que o índice IBC, da Venezuela, que caiu 99,5% no mesmo período.

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O desempenho está abaixo do registrado pelo bloco econômico Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que registrou, em média, alta de 7%.

Apenas mais sete índices tiveram queda entre 2020 e novembro: o HSI (Hong Kong, -13,8%), o MCE (Malta, -9%), o KLCI (Malásia, -7%), o NZX ALL (Nova Zelândia, -4,9%), o FTSE (Colômbia, -3,8%), o S&P/BVL (Peru, -1,95%) e Kospi (Coreia do Sul, -1,2%).

O índice ALSZI, do Zimbábue, foi o que mais cresceu no período: 305,7%. Ele é seguido pelo MNE TOP 20 (Mongólia, 104%), o CSE (Sri Lanka, 68,8%), o S&P Merval (Argentina, 54,8%), o IACR (Costa Rica, 54,6%) e o Blom (Líbano, 53,3%).

Os índices dos Estados Unidos, principais do mercado acionário mundial, registraram alta no período, segundo o levantamento da agência: o Dow Jones e o Nasdaq, respectivamente, cresceram 12,7% e 20,6%.

Com dólar, resultado piora

Levando em conta a taxa cambial para o período — ou seja: o valor do real e de outras moedas locais comparadas ao dólar americano —, o Brasil registra o terceiro pior índice, mas o tombo percentual é maior: queda de 20,8%.

Em primeiro lugar, o índice venezuelano segue registrando a pior queda, de 99,5%. Em seguida e antes do Brasil, vem o BIST 100, da Turquia, que caiu 31,2% no período.

Levando em conta a taxa cambial frente ao dólar, outros 19 índices registraram queda entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, incluindo o NIKKEI 225 (Japão, -8%) e o CSI 300 (China, -0,15%).

Desempenho em novembro

Na última terça-feira (30), o último dia de novembro de 2021, o principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira fechou o dia confirmando o mês como o quinto consecutivo de perdas.

Na sessão que fechou o mês, que teve queda de 0,87%, o mercado repercutiu a apreensão com a PEC dos Precatórios — aprovada ontem no Senado —, o desemprego ainda persistentemente em alta e as preocupações com relação à variante ômicron da covid-19.