Dólar fecha a R$ 5,011 após operar abaixo de R$ 5; Bolsa sobe mais de 2%
O dólar fechou a quarta-feira (9) em queda de 0,84%, vendido a R$ 5,011, depois de operar abaixo de R$ 5 durante a tarde. É a segunda sessão seguida de perdas para a moeda americana, que ontem já havia caído 0,52%.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou o dia em forte alta de 2,43%, aos 113.900,34 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas.
Com os desempenhos de hoje, o dólar agora acumula perdas de 10,14% em relação ao real em 2022. Já o Ibovespa subiu 8,66%, depois de despencar quase 12% no ano passado.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Guerra impulsiona real
A guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou hoje ao 14º dia, tem impulsionado o preço de várias commodities energéticas e agrícolas — com o barril de petróleo Brent, referência no mercado europeu, chegando a superar os US$ 139 dólares na segunda (7) —, o que beneficiou países exportadores fora da Europa, vistos como menos vulneráveis às tensões geopolíticas.
O real está na vanguarda, liderando os ganhos entre as principais moedas globais em 2022. Kaue Franklin, especialista em Renda Variável do Grupo Aplix, atribui esse movimento a um fluxo de entrada de recursos estrangeiros no mercado de ações brasileiro, o que também contribuiu para a alta do Ibovespa.
"Temos que olhar para a alta das commodities. Somos um país exportador, e a valorização da moeda local e de outros países exportadores tem sido muito alta", explicou à Reuters. "Acredito que R$ 4,90 é o ponto em que o dólar tende a ir no curto prazo."
Preço dos combustíveis
Especialistas também citam o patamar elevado dos juros básicos da economia brasileira (Selic), atualmente em 10,75% ao ano, como colchão adicional para o real, porque juros mais altos por aqui tornam o mercado de renda fixa no Brasil mais atraente para investidores estrangeiros.
Mas temores sobre a situação fiscal voltaram à pauta, já que a disparada do preço do barril de petróleo no exterior — que já subiu mais de 20% desde o início da guerra — aqueceu discussões sobre possíveis medidas para controlar o preço dos combustíveis.
Fontes ouvidas pela Reuters indicam que o governo de Jair Bolsonaro (PL) está preparando um programa de subsídios para impedir o aumento da gasolina para os consumidores — despesa que o Ministério da Economia tem tentado evitar a qualquer custo.
(Com Reuters)
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