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Medo de recessão global faz dólar subir a R$ 5,422, maior valor em 5 meses

Receio de recessão global provocou nova alta da moeda Imagem: Lee Jae-Won/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

06/07/2022 17h27Atualizada em 06/07/2022 17h30

O dólar comercial emendou hoje sua quinta alta, essa de 0,61%, e fechou cotado a R$ 5,422 —esse é o maior valor da moeda em cinco meses, desde 27 de janeiro de 2022 (R$ 5,4238). Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou em valorização de 0,43%, aos 98.718,98 pontos, após duas sessões consecutivas em queda.

A alta do dólar ocorre por fatores externos e internos. O medo de maior aperto monetário dos Estados Unidos e, consequentemente, de uma potencial recessão global empurra investidores para mercados e moedas mais seguras, como o dólar.

A situação fiscal do Brasil, principalmente após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Auxílios, é a maior fonte de preocupação para o mercado no âmbito nacional.

No começo do ano o dólar apresentou uma tendência de queda e chegou ao seu valor mais baixo no dia 4 de abril, quando ficou cotado a R$ 4,608. Em seguida, voltou a subir e desde 13 de junho não deixou mais o patamar dos cinco reais.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Reunião do Fed

Hoje, investidores aguardavam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (ou Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) para sinais sobre os próximos passos da economia norte-americana.

A ata, publicada esta tarde (horário de Brasília), revela a avaliação de que a guerra entre Rússia e Ucrânia e "eventos relacionados", como as sanções impostas contra Moscou, "criam pressão adicional de alta sobre a inflação e estão pesando na atividade econômica global".

Além disso, os dirigentes afirmaram que os lockdowns na China contra a covid-19 "devem exacerbar problemas nas cadeias de produção". Nesse contexto, eles ressaltaram estar "bastante atentos" aos riscos de mais inflação.

O pronunciamento reforçou preocupações de que os Bancos Centrais de países considerados desenvolvidos talvez precisem promover um aperto monetário mais forte para combater a inflação têm minado a confiança nos mercados.

*Com Reuters

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