IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Dólar fecha em baixa de 1%, cotado a R$ 5,113; Bolsa sobe

Dólar fechou em baixa nesta segunda-feira - Getty Images
Dólar fechou em baixa nesta segunda-feira Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo*

08/08/2022 11h01Atualizada em 08/08/2022 17h36

O dólar comercial fechou a segunda-feira em baixa de 1%, cotado a R$ 5,113, em sua quarta perda seguida. Para os próximos dias, investidores aguardam a divulgação de dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos.

Na sexta-feira (22), o dólar fechou o dia a R$ 5,167, influenciado pelos dados de desemprego nos Estados Unidos e a perspectiva do fim do ciclo de aumento dos juros no Brasil. Alguns agentes financeiros dizem que o movimento também foi desencadeado por entradas de recursos nos mercados brasileiros.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ibovespa fecha em alta

Já o Ibovespa engatou a quinta alta seguida e fechou acima dos 108 mil pontos pela primeira vez em dois meses nesta segunda-feira (108.402,27 pontos), em movimento puxado pela disparada das ações da Petrobras entre as mais negociadas, enquanto agentes financeiros esperam novos sinais sobre a Selic, taxa básica de juros. A alta foi de 1,81%.

Na sessão desta segunda-feira, as ações da companhia aérea Gol, SulAmérica e Rede D'or figuraram entre as maiores altas da B3.

Dados de inflação no Brasil

Também está no radar de investidores domésticos a divulgação amanhã (9) da leitura de julho do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que virá pouco depois da publicação da ata do último encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

Na semana passada, a autarquia elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,75%, e, embora tenha dito que avaliará a necessidade de ajuste residual nos juros, boa parte dos mercados parece acreditar que este ciclo de aperto monetário já chegou ao fim.

"O IPCA terá maior relevância para as apostas da próxima taxa Selic, uma vez que [o dado] vindo abaixo do esperado poderá dar maior confiança sobre o fim da alta na taxa básica de juros", escreveram estrategistas da Travelex.

Num geral, custos dos empréstimos elevados no Brasil costumam beneficiar o mercado de renda fixa local, impulsionando seus rendimentos e, consequentemente, atraindo recursos de investidores estrangeiros, o que costuma ajudar na valorização do real.

Izac, da Nexgen, disse que o dólar pode descer ainda mais, para a casa de R$ 5,10, ao longo do segundo semestre deste ano, depois de disparar acima de R$ 5,50 em meados de julho durante um cenário internacional adverso.

*Com Reuters