Dólar dispara e opera acima de R$ 5,40; Bolsa cai mais de 2%
O dólar comercial operava em forte alta nesta tarde. Por volta das 14h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana escalava 3%, cotada a R$ 5,406 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caía 2,11%, aos 109.361,46 pontos.
O movimento é causado por uma aversão a riscos, com a perspectiva de juros crescentes nas principais economias do mundo alimentando temores de uma recessão. No Brasil, a reta final da corrida eleitoral contribuía para a cautela de investidores.
Na última sessão, na sexta-feira (23), o dólar fechou em alta de 2,62%, a R$ 5,249, e o Ibovespa despencou 2,06%, aos 111.716 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Aversão a risco
Investidores têm fugido rapidamente de ativos considerados arriscados nos últimos dias, principalmente desde que o Federal Reserve subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida na quarta-feira passada e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva do que o inicialmente esperado pelos mercados.
Juros mais altos nos EUA beneficiam o dólar ao tornar os retornos da renda fixa norte-americana mais interessantes para o capital estrangeiro, e também têm desencadeado temores de recessão, já que tendem a restringir os gastos de empresas e famílias.
Com a divulgação de dados de inflação das principais economias e falas de dirigentes de bancos centrais agendadas para os próximos dias, "a semana promete ser desafiadora... um prato cheio para amplitude e volatilidade" nas oscilações do câmbio, completou Rugik, chamando a atenção ainda, no âmbito doméstico, para as eleições presidenciais de domingo.
Eleições movimentam cenário doméstico
A última semana de campanha antes do primeiro turno será marcada por uma avalanche de pesquisas eleitorais, com todas as atenções voltadas para possíveis indícios sobre as chances de o líder nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liquidar a fatura já no dia 2 de outubro.
Analistas da Genial Investimentos também destacaram em relatório a agenda local de indicadores desta semana, que trará as leituras do IPCA-15 de setembro e do índice de preços ao produtor de agosto, dados de desemprego, relatórios de dívida e crédito e dados fiscais.
*Com Reuters
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