Com diplomação de Lula e expectativa, dólar sobe a R$ 5,312; Bolsa tomba
O dólar comercial avançou hoje em 1,26% e fechou cotado a R$ 5,312. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), despencou 2,02%, aos 105.343,33 pontos, diante da queda de commodities como petróleo e minério de ferro, o que impactou negativamente ações de Vale e Petrobras.
De tarde, ocorreu a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). O mercado elevou a cautela enquanto aguarda a tramitação da PEC da Transição na Câmara esta semana e o anúncio de mais integrantes da equipe econômica do governo petista.
Desde que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi confirmado como o próximo ministro da Fazenda o foco de investidores passou para qual será a configuração de sua equipe, bem como para quais serão os chefes das outras pastas econômicas do governo eleito, como o Planejamento.
A expectativa de anúncio de novos integrantes da equipe econômica ajudava a "amplificar a volatilidade em um mercado sem tendência definida", disse a Levante Investimentos em nota a clientes.
"Ao confirmar Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não surpreendeu. Agora, o mercado espera por aqueles que irão compor outros cargos importantes, os quais darão o tom de ortodoxia no governo."
A Levante também chamou a atenção para a tramitação da PEC da Transição, que deve ser analisada nesta semana na Câmara dos Deputados. A proposta expande por dois anos o teto de gastos em R$ 145 bilhões para o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, entre outros pontos.
Alguns participantes do mercado esperam que o texto da PEC, que já foi reduzido durante sua passagem pelo Senado, possa ser ainda mais enxugado após as negociações com a Câmara.
A cautela dos operadores também foi reforçada pela reunião de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, desta semana.
Queda da Bolsa
O Ibovespa fechou em queda de quase 2%, após notícias sobre possível indicação do de Aloizio Mercadante para o comando de BNDES ou Petrobras no novo governo e sobre potenciais mudanças na Lei das Estatais.
Mercadante, coordenador técnico da transição de governo, afirmou desconhecer "qualquer iniciativa" do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de alterar a Lei das Estatais, mas não respondeu sobre as potenciais indicações de seu nome ao comando das estatais.
*Com Reuters
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