Em dia de decisão sobre inflação, dólar fecha a R$ 4,847, e Bolsa sobe
O dólar comercial encerrou praticamente estável, cotado a R$ 4,847.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em valorização de 1,46%, aos 118.382,65 pontos.
O que aconteceu com a inflação
A moeda norte-americana se manteve em alta durante a maior parte da sessão, mas, no fim da tarde, na expectativa de decisões sobre o controle da inflação, houve uma pressão de baixa e o dólar encerrou o dia com leve oscilação.
Haddad anunciou que o Banco Central passará a adotar a meta contínua de inflação, a partir de 2025. O ministro fez a divulgação nos minutos finais do pregão, por isso, a maior parte dos efeitos deve ser sentida pelo mercado amanhã.
Anúncio foi feito após a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado atualmente pelo ministro da Fazenda, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que discutiu as metas de inflação, como comumente faz nos meses de junho. Com a mudança, o Banco Central passa a perseguir uma meta permanente de inflação, dentro de um prazo de convergência, diferentemente do modelo atual, em que o valor é controlado dentro do prazo de janeiro a dezembro.
O que aconteceu com a Bolsa
A Bolsa brasileira se recuperou após ajustes nos últimos pregões. A penúltima sessão do semestre foi marcada por uma bateria de divulgações econômicas no país, incluindo o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.
O recente desempenho positivo é resultado principalmente pela expectativa de queda da taxa Selic. BC indicou na ata de sua última reunião de política monetária que pode iniciar um ciclo de afrouxamento monetário em agosto, destacou Guilherme Paulo, operador da Manchester Investimentos.
De acordo com dados do Trademap, dois papéis tiveram valorização superior a 10%. É o caso de PCAR3, com 13,00%, e YDUQ3, com 10,08%. Além disso, outros quatro papéis tiveram valorização entre 5% e 10%.
A maior alta do dia foi do GPA, Grupo Pão de Açúcar. A ação fechou em alta de 13%, cotada a R$ 18,34, depois que um banqueiro bilionário colombiano fez uma ofeta para comprar toda a participação que o grupo tem no Éxito, rede de supermercados da Colômbia.
O mercado gostou bastante dessa notícia, dado que o Éxito faz parte do guarda-chuva do grupo Pão de Açúcar. Nessa semana, o Casino, dono do GPA, disse que tem interesse em vender ativos na América Latina. O mercado viu essa transação com bons olhos e as ações vem subindo bastante, diz Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores.
A Yduqs está muito forte na Bolsa desde a divulgação de resultados do primeiro trimestre. Junto com a queda de juros de mercado, as ações dobraram em um pouco mais de um mês, destaca Petrokas. O mercado foi às compras de small caps e ações mais sensíveis a taxa de juros, diz Petrokas.
Apenas seis papéis da carteira do índice fecharam com queda. A maior queda diária entre as ações da carteira foi da RRRP3, com -1,04%, seguida pela KLBN11, que apresentou um recuo de 0,65%. A TAEE11 ficou em terceiro lugar nas maiores quedas, com -0,30%.
Operadores alertavam para chances de instabilidade nos negócios antes da formação da Ptax de fim de mês e semestre, na sexta-feira. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
*Com Reuters
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