Conteúdo publicado há 4 meses

Dólar fecha a R$ 4,795 e perde 1,46% na semana; Bolsa cai

O dólar comercial fechou quase estável (+ 0,1%), cotado a R$ 4,795.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão aos 117.710,54 pontos, em queda de 1,3%.

Movimentação na semana:

O dólar registrou perda de 1,46% desde a última sexta-feira (7).

A Bolsa caiu 1% no mesmo intervalo.

Cenário externo e interno:

O aguardo para as decisões sobre as taxas de juros novamente pautam os mercados.

A consolidação de expectativas de que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, deve encerrar seu ciclo de alta de juros "leva a essa queda do dólar", explicou Leonel Oliveira Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.

Com um aumento de 0,25 ponto percentual "taxa de juros chegará ao seu nível máximo, entre um patamar entre 5,25 e 5,50% ao ano, o qual o Fed deve manter aí para um período de 5 meses. Depois, há divergências: o Fed disse que vai manter esse patamar por bastante tempo, mas o mercado já antecipa cortes a partir de março do ano que vem", completou ele.

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Uma política monetária menos rígida na maior economia do mundo tende a prejudicar o dólar globalmente, uma vez que tornaria mercados com retornos mais elevados mais atraentes para investidores estrangeiros.

Enquanto isso, no Brasil, ajudava a sustentar o real no acumulado da semana a perspectiva de "novas entradas de investidores estrangeiros que devem direcionar seus canhões para nossa Bolsa de Valores", disse Jefferson Rugik, da Correparti Corretora.

A taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível elevado que tem beneficiado o real ao impulsionar a atratividade do mercado de títulos, mas alguns especialistas argumentam que a moeda brasileira pode não ser tão afetada pela reversão desse cenário, já que as perdas via renda fixa podem ser compensadas por ingressos via renda variável.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

(Com Reuters)

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