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Dólar cai a R$ 5,056 com alívio nos juros dos EUA; Bolsa sobe pelo 3º dia

O dólar emendou sua terceira queda seguida, esta de 1,44%, e fechou a terça-feira (10) cotado a R$ 5,056 na venda — o menor valor desde 29 de setembro (R$ 5,027).

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 1,37% e chegou aos 116.736,95 pontos. É a terceira alta consecutiva registrada pelo índice, que não batia os 116 mil pontos desde o final de setembro.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

"Alívio" nos juros dos Estados Unidos ajuda a segurar dólar. O aumento dos rendimentos dos títulos públicos de longo prazo (Treasuries), que influenciam diretamente os custos de financiamento para famílias e empresas, pode desencorajar novos reajustes na taxa básica de juros. Com a perspectiva de que os juros americanos não subam muito, investidores tendem a buscar investimentos que possibilitem retornos maiores — o que fortalece as moedas de países emergentes, como o Brasil.

Guerra entre Hamas e Israel ainda é ponto de atenção. Mesmo com as expectativas para os juros nos EUA favorecendo o real, o conflito entre o grupo extremista Hamas e Israel traz incertezas e "imprevisibilidade", segundo explicou à Reuters Leonel Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.

FMI melhorou projeção para o PIB do Brasil. O Brasil tem surpreendido positivamente as expectativas para o seu crescimento econômico em 2023. Recentemente, o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou para 3,1% a projeção para a expansão da atividade neste ano, com alta também na estimativa para 2024.

Não se sabe ainda quais serão as repercussões totais desse conflito, mas a gente pode adiantar que o contexto geopolítico do Oriente Médio é muito importante tanto para o sistema global, quanto também para a produção de petróleo. Toda essa incerteza e desigualdade numa região geopoliticamente importante traz uma maior aversão [ao risco] para os mercados.
Leonel Mattos, da StoneX, à Reuters

(Com Reuters)

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