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Dólar e Bolsa ficam estáveis com cautela no mercado; moeda vai a R$ 5,053

O dólar fechou a quinta-feira (19) praticamente estável, com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,053 na venda. Desde segunda-feira (16), a moeda americana recuou 0,7%.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), teve ligeira baixa de 0,05% e chegou aos 114.004,30 pontos. Na semana, o Ibovespa acumula perdas de 1,51%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Maior cautela do Banco Central dos EUA ajudou a segurar o dólar. Discursos de dirigentes do Fed (Federal Reserve) contribuíram para acalmar o mercado. Mais cedo, o presidente Jerome Powell disse que o BC americano está agindo com cautela agora, depois de aumentos agressivos nos juros no ano passado, para permitir que condições mais rígidas desacelerem a economia e a inflação.

Juros estáveis nos EUA tendem a favorecer o real. A perspectiva de que os juros americanos não subam muito motiva o mercado a buscar investimentos que possibilitem retornos maiores — o que beneficia as moedas de países emergentes, como o Brasil.

Uma das razões pelas quais desaceleramos [o ritmo de altas nos juros] este ano é dar tempo para que a política monetária funcione. Temos que usar nossos olhos, um pouco de gestão de risco e paciência para diminuir o ritmo e garantir que estamos vendo todos os efeitos.
Jerome Powell, presidente do Fed, no Clube Econômico de NY

Risco fiscal e questões políticas nos EUA ainda preocupam. Investidores acompanham as propostas do governo de Joe Biden para aumentar a ajuda financeira e militar a Israel e Ucrânia, além do impasse político entre Republicanos na Câmara de Representantes, que segue sem presidente.

Mercado segue evitando riscos em meio à guerra em Israel. As tensões geopolíticas têm aumentado desde que o ataque a um hospital em Gaza matou centenas de pessoas — tragédia que as autoridades palestinas atribuíram a Israel e que os israelenses atribuíram à Jihad Islâmica. Os EUA tomaram partido de Israel, endossando sua versão sobre o ataque ao hospital.

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