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Franquias de locadoras de carro esperam movimento até 50% maior na Copa

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

10/10/2013 06h00

A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil deve aumentar o movimento nas empresas de locação de veículos, segundo empresários da área ouvidos pelo UOL.

O mercado oferece opções de franquias para empreendedores, com redes de atuação regional ou internacional. Em 2012, o faturamento do setor foi de R$ 6,23 bilhões, 10% mais do que no ano anterior. Desde que o desempenho passou a ser medido, há nove anos, este número só cresce.

Há opções de franquias com investimento inicial de R$ 222,4 mil a R$ 1,2 milhão, incluindo frota, custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro. O faturamento vai de R$ 40 mil a R$ 110 mil. O lucro varia de R$ 9.000 a R$ 27 mil.

A Its Rent a car, que tem lojas em Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), quer abrir uma loja em cada cidade-sede e espera até 50% de aumento no movimento.

A Nossa Rede, que atua em Minas Gerais e no interior de São Paulo, irá abrir quatro unidades até o ano que vem e espera aumento de 20% no faturamento. 

A Rede Brasil, que tem lojas em todas as regiões do país, pretende inaugurar unidades em todas as cidades-sede da Copa até 2014. A Yes Rent a Car, que também atua em todo o Brasil, prevê aumento de 30% no movimento.

Já a Thrifty, rede norte-americana presente em mais de 100 países, não abrirá novas unidades no Brasil por causa do evento esportivo, mas planeja expandir a frota nas lojas já existentes. A expectativa da rede é que o movimento cresça até 40% no ano que vem.

Bruno Andrade, diretor de franchising da Localiza, rede que possui mais de 500 unidades na América do Sul, diz que o movimento já cresceu nas lojas em cidades-sede da Copa.

“Antes mesmo do evento, já observamos aumento da demanda, principalmente por causa das obras de infraestrutura. Muitas empresas precisam de veículos para locomoção de seus profissionais”, afirma.

Empresas são as principais clientes

A terceirização de frota e o aluguel de longo prazo (acima de 30 dias) para empresas são a principal fonte de renda das locadoras de veículos.

Segundo o anuário 2012 da Abla (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis), 57% do faturamento das locadoras vêm deste tipo de contrato. O turismo de negócios representa 24% do faturamento do setor e o turismo de lazer, 19%.

Os carros populares com motor 1.0 correspondem a 53% da frota do país, de acordo com o anuário da Abla. No entanto, o tipo de veículo necessário depende da região em que está a loja, afirma Alessandra Felix, coordenadora de franquias da Rede Brasil Aluguel de Veículos.

“Na nossa loja em Sinop (MT), por exemplo, a maioria dos veículos é caminhonete 4x4”, declara.

Ela diz que franqueados possuem desconto na compra de automóveis. “Cadastramos o CNPJ das lojas e os empresários têm descontos que variam de 1% a 25% na compra de veículos com as montadoras.”

O número mínimo de veículos necessários para abertura de uma unidade varia de acordo com o porte da cidade, de acordo com as redes.

Custos com manutenção da frota encarecem negócio

João Augusto Bueno, consultor de franquias da Fabrica3 Franchising, diz que as perspectivas de crescimento são boas para as redes de locadoras de veículos, mas que é necessário conhecimento e afinidade com o setor.

“Existem gastos altos com seguro, IPVA e manutenção dos veículos. Também é necessária uma consultoria jurídica para elaboração dos contratos com clientes, para proteger a empresa.”

O principal ponto de atenção, no entanto, é em relação à frota. “Ela deve ser renovada a cada dois anos, no máximo, para não encarecer a operação. E os veículos sofrem desvalorização para revenda”, declara.