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Empresa faz suco de fruta com cápsula como a de café e quer virar franquia

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

08/05/2014 06h00

Uma máquina que faz sucos a partir de polpa de fruta congelada em cápsulas é a aposta do empresário Marcos Pinotti, 45. Em 2010, ele deixou o cargo de diretor comercial em uma empresa de software e investiu R$ 2 milhões para desenvolver o equipamento e fundar a Juice in Time, em São Paulo, que fatura R$ 40 mil por mês.

São dez sabores de polpa de fruta: abacaxi, açaí, acerola, laranja, laranja com acerola, limão, manga, maracujá, melancia e uva. Por mês, são vendidas cerca de 12 mil cápsulas. Por enquanto, a empresa atende apenas a região da Grande São Paulo, mas há planos de expandir por meio de franquias em 2015. 

A máquina funciona de maneira parecida com as cafeteiras que preparam café a partir de cápsulas. A diferença, segundo o empresário, é que a polpa da fruta não entra em contato com o equipamento.

“A cápsula aberta é encaixada sobre o copo, funcionando como uma tampa. A máquina faz um furo no centro, por onde passa o jato d'água que irá triturar e misturar a polpa da fruta congelada dentro do próprio copo. Em poucos instantes, a bebida está pronta”, declara Pinotti.

Apesar de ter deixado o emprego para investir no negócio próprio em 2010, só em agosto de 2013 a máquina foi lançada no mercado. Atualmente, há 50 máquinas instaladas em empresas em sistema de comodato, ou seja, as empresas não pagam nada pelo equipamento, apenas pelas cápsulas.

O foco da empresa é a venda de cápsulas, e não de máquinas, porque o custo seria muito elevado para o consumidor final, segundo o empresário, que não revela o valor do equipamento. A meta é encerrar o ano de 2014 com 350 máquinas em operação, de acordo com Pinotti.

As cápsulas custam de R$ 2,90 a R$ 3,50, dependendo da quantidade fornecida e do tipo de contrato. As empresas podem disponibilizar o suco grátis para os funcionários, de maneira limitada ou ilimitada, ou o funcionário pode comprar a bebida direto no equipamento.

Cada cápsula contém de 100 ml a 110 ml de polpa pura, ou seja, fruta esmagada e congelada, e rende um copo de suco de 300 ml. 

Segundo Pinotti, os futuros franqueados serão responsáveis por colocar máquinas em empresas da sua região, abastecê-las e cuidar da assistência técnica. Ainda este ano, deve ser inaugurada em Curitiba uma loja-conceito para que as pessoas conheçam o produto, e que também funcionará como uma central para os franqueados.

“A loja terá uma câmara frigorífica para manter as polpas congeladas e também será a assistência técnica”, afirma. Ele diz que o valor do investimento ainda não está definido.

O projeto de expansão da empresa também prevê a venda de assinaturas ao consumidor final. “Funcionará de maneira parecida com o que é feito nas empresas. O cliente não pagará para ter a máquina em casa, e, sim, para receber um determinado número de cápsulas em casa”, declara.

Empresa deve investir em novos sabores

Para Adriano Augusto Campos, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), o modelo de negócio de apostar na venda de cápsulas, e não de máquinas, é uma tendência.

“O cliente quer conveniência e facilidade. Ele não quer ter que se preocupar com o conserto se a máquina quebrar”, afirma.

Entretanto, ele diz que se o negócio da empresa é vender polpa de fruta, é necessário investir continuamente no lançamento de novos sabores, para que as pessoas não enjoem e a empresa não perca mercado.

“Ele pode apostar em combinações de frutas diferentes e trabalhar com temas, por exemplo, sucos desintoxicantes, sucos energéticos e assim por diante.”

Onde encontrar:

Juice in Time: www.juiceintime.com