Ex-bancários faturam R$ 4 milhões com franquia de comida mineira delivery
Apaixonados pela comida mineira e consumidores assíduos de marmitex no tempo em que eram bancários, os irmãos Gabriel, 29, e Marlon Ventura, 31, de São José do Rio Preto (438 km a noroeste de SP) resolveram investir na área. Com investimento de R$ 60 mil, abriram a Mineiro Delivery em 2012 e começaram a vender comida em caixas.
"Nós consumíamos marmitex por questão de necessidade, já que o horário de almoço era sempre corrido. No entanto, a comida vinha sempre remexida por causa do transporte. Por isso resolvemos vender as refeições em caixas, para deixar a comida mais organizada.", diz Gabriel.
Rede tem 30 lojas
No ano passado, com o início da comercialização de franquia, a empresa abriu dez unidades e faturou R$ 4 milhões. Atualmente a rede tem uma loja própria, em São José do Rio Preto, e mais 29 franquias espalhadas em nove Estados. Os empresários esperam totalizar 100 até o fim do ano.
Eles também estão otimistas com o faturamento. A meta para este ano é dobrar o resultado de 2015. "É uma aposta audaciosa, mas nós acreditamos que conseguiremos porque a procura de empresários interessados em abrir uma loja da rede é grande." O lucro do negócio gira entre 20% e 30% do valor do faturamento.
Para abrir uma unidade da rede, o investimento inicial é de R$ 105 mil, o faturamento médio mensal é de R$ 60 mil e o lucro médio é de R$ 15 mil. O prazo de retorno do investimento é a partir de 12 meses.
Pratos a partir de R$ 8
Segundo o empresário, apesar de a especialidade da rede ser comida mineira, o cardápio também inclui algumas opções que fogem um pouco dessa linha, como estrogonofe e espaguete. "Resolvemos ampliar o leque para atrair mais clientes."
Ao todo são 20 opções. As saladas custam a partir de R$ 8, caso da Mato II, que inclui alface, rúcula, cenoura, beterraba, queijo ralado, azeitona, mostarda e mel.
Na parte de comida quente, entre as mais baratas, que custam R$ 12 uma caixa de 400g, estão: baião de dois (arroz, feijão, carne seca, calabresa, queijo, cebola e cheiro verde) e costelinha (arroz, feijão, costelinha, bacon, calabresa, tomate, cebola e couve).
Entre as mais caras estão estrogonofe e espaguete de camarão, que custam R$ 22. Há opção de pratos de 400 g e 700 g.
Logística é o desafio do negócio
Para Simone Ribeiro Haduo, consultora do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), as empresas que atuam no segmento de comida delivery devem ter a logística muito bem estruturada.
"A comida precisa chegar no horário e quente. A empresa que não conseguir fazer isso não terá sucesso no negócio. Principalmente no caso das franquias, o padrão de qualidade deve ser padronizado para o serviço ter a mesma excelência em qualquer parte do país."
Haduo também afirma que a aparência e o comportamento do entregador merecem atenção. "Ele é o cartão de visita da empresa . Precisa estar bem vestido e receber treinamento para atender bem e saber tirar dúvidas."
A consultora diz, ainda, que as caixas deixam a marmita mais atraente e, possivelmente, devem atrair mais o público jovem. "As caixas são fáceis de manusear e de transportar. Além disso, tornam a marmita mais bonita, o que deve agradar muita gente."
Onde encontrar:
Mineiro Delivery: http://www.mineirodelivery.com.br
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