Estilista que faz roupa para anão quer ampliar com lingerie e loja virtual
A estilista paulistana Carina Casuscelli, 39, dona da marca A Moda Está em Baixa, que produz roupas sob medida para pessoas com nanismo (anões), planeja uma ampliação do negócio e quer abrir uma loja virtual (e-commerce).
Hoje ela vende seus produtos a partir de desfiles em que as modelos são pessoas com nanismo, O primeiro desfile de uma coleção foi em 2008. A partir deste ano, entretanto, Carina pretende entrar no mercado industrial, produzindo em larga escala e vendendo por e-commerce.
Ela diz ainda que vai lançar uma marca de lingerie e moda de ginástica, no segundo semestre, voltada especificamente para quem tem nanismo. “Estou negociando com uma indústria de confecção, mas ainda está sob sigilo.” A empresário não revela faturamento nem lucro.
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Moda fora do padrão e mais democrática
Carina conta que começou a pensar a moda “fora do padrão” quando ainda estava na faculdade de negócios da moda, em 1998. Percebeu a dificuldade das pessoas com nanismo –e mesmo outras, muito altas ou muito baixas, muito gordas ou muito magras– para conseguir encontrar roupas bacanas. “Comecei a pesquisar e descobri que não havia nenhum negócio segmentado para esse público”, diz.
Seus desfiles apresentam mulheres com nanismo, cadeirantes e com deficiência visual. “O que queremos é trabalhar exatamente a diversidade”.
Para Carina, atores como Juliana Caldas (da novela "O Outro Lado do Paraíso"), Priscila Menucci (do humorístico "A Praça é Nossa") e Givovanni Venturini (de novelas do SBT e que agora parte para o cinema) estão mostrando que é possível atuar fora da caricatura. “Essas aparições vão refletir no mercado da moda e também em outros segmentos, pois se tornam reflexo para o mercado”.
Nichos exigem estudo de mercado, diz consultora
Quando um empreendedor detecta um nicho de mercado em que gostaria de atuar, é preciso não apenas analisar o segmento do ponto de vista de negócio, como também se envolver nesse mundo para conhecer os gostos e os cuidados do público, diz a consultora do Sebrae-SP Patricia Marinangelo.
“É preciso mergulhar de cabeça no segmento para conhecer as delícias e as dores desse nicho." Ela destaca como positivo o fato de Carina ter escolhido um segmento que conhece e que tem dificuldade em ser inserido no mercado de moda. “Existe esse nicho e ele precisa ser atendido, o que é bastante positivo do ponto de vista de negócio”, diz.
Por outro lado, como trabalha apenas sob encomenda, ficam limitados o faturamento e o lucro. Uma sugestão seria mapear os modelos que mais vendem, as dimensões dessas roupas e produzir em escala industrial.
Atuar com e-commerce também é positivo, diz. “Ter uma loja física pode realmente limitar o atendimento quando se fala de nicho, ao passo que o e-commerce chega a um número maior de pessoas, nos mais diferentes locais. É uma opção crescente para pequenos empreendedores”, afirma a consultora.
Onde encontrar
A Moda está em Baixa - www.facebook.com/amodaestaembaixa/
(Reportagem: Patrícia Büll; edição: Armando Pereira Filho)
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