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Lava Jato faz empresas contratarem serviços para combater corrupção interna

Colaboração para a UOL, em São Paulo

16/02/2018 04h00

Os casos investigados pela operação Lava Jato têm preocupado empresas e aumentado a busca por serviços que procuram casos de corrupção dentro das próprias firmas para evitar problemas com a lei.

Segundo Luiz Fernando Godoy, CEO e um dos fundadores da Equipo Gestão, que gerencia contratos, 40% de seus clientes atuais pedem para encontrar e combater irregularidades e fraudes nas suas próprias empresas.

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“Não é possível mensurar exatamente o prejuízo decorrente de corrupção em uma empresa. Quanto perde em valor de reputação uma empresa que tem seu nome ligado à operação  Lava Jato?”, diz

Investigações de corrupção causaram medo nas empresas

Segundo Godoy, "em 2017, houve um aumento exponencial na procura por preocupação com a conduta de fornecedores, justamente porque as grandes empresas estavam atentas às notícias de corrupção. Tivemos de atualizar nosso sistema e processos para agregar informações de conduta ética dos fornecedores e de seus sócios”.

Para Godoy, o boom de investigações em grandes corporações fez os principais grupos empresariais buscarem mais eficiência em seus sistemas de compliance (verificação de procedimentos éticos nos negócios).

“Atuamos em duas frentes, a primeira é de controle dos fornecedores com análises de sua situação legal, financeira e de pontos de transparência de conduta. A segunda é a garantia de que os gestores cumpram todas as normas de conduta no relacionamento com seus parceiros comerciais."

Segundo ele, “a corrupção precisa ser dizimada da cultura da empresa, é uma ação contínua e deve abranger ações de mudança cultural, de comportamento. É preciso ter regras definidas e claras e agir de forma rápida e justa a cada caso de desvio”.

Negócio ajuda a deter fraudes

O professor, coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV e diretor da Infobase, André Miceli, diz que esse é um bom negócio porque entre outros motivos, dá para entrar na área com um baixo investimento em tecnologia.

Miceli afirma que a empresa que entrar nessa área terá que competir com grandes empresas, mas ainda há nichos para empresas menores.

“Do ponto de vista de quem contrata também é bom, porque você inibe a possibilidade de fraude. O simples fato de saber que existe uma vigília acaba inibindo algumas dessas iniciativas. Esse tipo de serviço também diminui o desperdício, o que é um argumento interessante pelo lado do contratante. Fora a imagem de comprometida com a seriedade e a autonomia que a empresa passa para o mercado.”

Onde encontrar:

Equipo Gestão - http://www.equipogestao.com.br/ 

(Reportagem: Priscila Gorzoni; edição: Armando Pereira Filho)

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