Hambúrguer caseiro virou rede com faturamento de R$ 33 milhões ao ano
A mineira Camila Guerra, 32, começou em 2015 a fazer hambúrguer para entrega em domicílio, após diversas tentativas frustradas de encontrar um bom delivery do sanduíche em Contagem (MG).
À época, ela gastou R$ 800 para começar a fazer os lanches na cozinha de casa. Hoje, ela é dona da rede American Burger Delivery, que tem 16 unidades, sendo duas franquias, e faturou R$ 33 milhões em 2021, com lucro de 12%.
No começo, a empreendedora fazia tudo sozinha. "Anotava os pedidos, preparava os lanches e fazia a entrega com meu carro. Essa era a minha 'euquipe'", diz ela. Em seis meses, Guerra abriu a primeira unidade da American Burger Delivery.
Nessa fase, a empresa era focada no delivery. "Mas o mercado voltou com força para o presencial [após a pandemia], e estamos hoje com atendimento presencial em todas as lojas", afirma Camila.
Como a empresa é hoje:
- A rede tem 16 unidades, sendo duas franquias: Betim (MG) e Santa Luzia (MG).
- Todas as unidades têm atendimento presencial.
- A American Burger Delivery começou a vender franquias em junho do ano passado. O investimento inicial é de R$ 350 mil.
- Em setembro, a empresa abriu pontos de venda no Mineirão, em Belo Horizonte, com investimento de R$ 1 milhão, pensando em grandes eventos.
- Por ser fã de "muscle cars" (termo usado para definir carros potentes antigos), Camila batizou os hambúrgueres com os nomes desses modelos: Corvete, Dodge Ram, Shelby, Cadillac e Camaro.
- O hambúrguer mais vendido (e o mais caro) é o Dodge Ram + fritas + bebida (R$ 37). O mais barato é o Spark Burger (R$ 9,90).
- Segundo Camila, o sucesso dos hambúrgueres da rede é o molho American, criado por ela.
Há dois anos, o molho passou a ser fabricado pela Hellmann's, em São Paulo, com exclusividade para a American Burger Delivery.
Camila Guerra
Além da American Burger Delivery, Camila tem outras empresas: a Sushi Now (11 unidades) e a Pizza Precin (três unidades), ambas abertas em 2016.
São dark kitchens que funcionam nos mesmos prédios das lojas da American. As três fazem parte do Grupo American Food, que faturou R$ 50 milhões em 2021; lucro de 12%.
De estágio na Fiat a aluguel de carretinha
- Formada em engenharia mecânica, Camila fez estágio, em 2008, na fábrica da Fiat, em Betim, cidade vizinha a Contagem, ambas na região metropolitana de Belo Horizonte.
- Ela também era correspondente bancária do banco BMG, mas largou o emprego para focar no estágio.
- Por dois anos, Camila vendeu água de coco na praça da cidade.
- Ela ainda teve um lava-jato e uma empresa de aluguel de carretas.
- Em 2015, com uma gravidez de risco, parou de trabalhar até o nascimento da filha.
Delivery foi 'sacada'
Samuel Souza, consultor de negócios do Sebrae-SP, diz que, ao abrir a American Burger Delivery em 2015, Camila Guerra soube "atacar uma frente importante": o delivery.
- "E ela fez isso bem antes da pandemia, quando o delivery explodiu", diz Souza.
- Outro ponto forte foi apostar nas franquias mais tarde, sete anos depois do início da empresa, já com o negócio bem estruturado.
- "Há muita gente querendo empreender e, para isso, procura a segurança", afirma o consultor.
Riscos
- De acordo com Souza, é preciso monitorar as franquias atentamente, pois são outras pessoas à frente do negócio.
- Há o risco dos franqueados não darem atenção à qualidade, prejudicando a imagem do negócio.
- Outro ponto de atenção é em relação à concorrência.
A cada esquina a gente encontra uma hamburgueria. Ela precisa ter diferenciais e sempre buscar algo novo para o consumidor.
Samuel Souza, do Sebrae-SP
Onde encontrar:
American Burger Delivery - https://www.americanburgerdelivery.com.br/
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