Giraffas anuncia retomada de expansão internacional; Chile será 1º destino

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Depois de uma experiência curta nos EUA, onde chegou a ter dez lojas próprias entre 2011 e 2018, o Giraffas retoma agora o seu plano de expansão internacional. A empresa anunciou hoje (26) que vai abrir franquias no Chile. A meta é ter 52 unidades no país em dez anos.
Giraffas no Chile
Primeira unidade na capital. No Chile, a primeira franquia será aberta na capital Santiago. Está prevista para o primeiro semestre de 2026. O modelo adotado será o tradicional de shopping. A escolha do ponto ainda está sendo feita.
Expansão será via máster franqueado. "Esse parceiro será responsável pelo desenvolvimento da marca em todo o território chileno, com suporte integral da franqueadora brasileira nas áreas de operação, treinamento, marketing e gestão. O modelo com máster franqueado local será replicado nos próximos destinos da marca", diz Eduardo Guerra, diretor de expansão do Giraffas.
Franqueado ainda não foi escolhido. Segundo Guerra, a empresa está em fase de conversar com grupos estratégicos do Chile. Para isso, contratou a MP Franchising, uma consultoria local, que atua na identificação e qualificação de potenciais parceiros, apoio ao processo de implantação e consolidação da marca no novo mercado.
Meta é ter 52 lojas em 10 anos. Até 2035, o Giraffas tem meta de ter 52 franquias no Chile. Vai começar pela capital e depois chegar a outras cidades, como Viña del Mar, Concepción e Antofagasta. A estimativa é que o investimento de uma franquia fique em torno de US$ 200 mil (cerca de R$ 1,1 milhão).
Foco é se consolidar no Chile. "Nosso plano contempla, em médio prazo, outros mercados da América do Sul, com foco prioritário em países com laços comerciais e culturais com o Brasil. Ainda não há data definida, pois o foco agora é consolidar o Chile", afirma Guerra.
Cardápio pode ser ajustado
Ajuste no cardápio e padronização dos produtos. No Chile, o cardápio manterá a essência da rede, mas passará por ajustes com base em testes e preferências locais. "Estamos em fase de mapeamento e negociação com fornecedores locais, com apoio técnico da equipe brasileira. A prioridade é manter o padrão de qualidade da marca com ingredientes locais equivalentes, importando apenas itens estratégicos, quando necessário", diz Guerra.
Como se diferenciar da concorrência. Guerra diz que a marca chegará ao Chile com um posicionamento único: refeições frescas, completas e com proteínas no prato, servidas com agilidade e a preços acessíveis. "Enquanto o mercado local é dominado por grandes redes focadas em hambúrgueres e pizzas, não há uma marca consolidada com foco em comida de verdade, feita na hora, com variedade e qualidade, que é justamente o core [atividade principal] do Giraffas", afirma.
Assim como o brasileiro, o consumidor chileno valoriza refeições completas, preço justo e conveniência. Além disso, há grande receptividade à gastronomia brasileira.
Eduardo Guerra, diretor de expansão do Giraffas
Preparação para investir
Marca se preparou para a expansão. Guerra diz que, para a expansão no Chile, o Giraffas realizou estudos aprofundados sobre o mercado local, cultura e comportamento do consumidor, e estruturou uma estratégia mais sólida: a operação será conduzida por um parceiro local com exclusividade nacional, experiente no segmento e conhecedor do público chileno.
Modelo adotado é de franquia, com suporte integral da franqueadora. "Isso garante padronização, treinamento e eficiência operacional. A combinação entre inteligência de mercado e presença local é a base dessa expansão para o Chile", declara.
Escolha do Chile
Combinação de fatores. Guerra diz que o Chile reúne uma combinação de fatores que favorecem a entrada de marcas estrangeiras: estabilidade regulatória, facilidade para abertura de empresas, sistema tributário acessível, alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e forte penetração do setor de food service. Além disso, diz ele, a proximidade geográfica com o Brasil e o acordo comercial bilateral entre os dois países facilitam a logística, reduzem barreiras alfandegárias e aceleram o reconhecimento da marca no mercado chileno.
Esse ambiente oferece as condições ideais para uma expansão estruturada, segura e com alto potencial de crescimento.
Eduardo Guerra, diretor de expansão do Giraffas
Como foi a experiência nos EUA
De 2011 a 2018, o Giraffas teve lojas na Flórida, nos EUA. A expansão foi feita exclusivamente por meio de unidades próprias. No auge da operação, a marca chegou a ter dez lojas em funcionamento em Miami e Orlando.
Erros cometidos. O Giraffas encerrou as atividades nos EUA, após uma reavaliação estratégica. Segundo Guerra, os principais erros cometidos lá foram a falta de operador local, a gestão descentralizada e os desafios cambiais e culturais.
A experiência trouxe aprendizados valiosos que hoje norteiam a expansão para o Chile: atuar com um operador local experiente, com profundo conhecimento do mercado e da cultura, e investir em um modelo de franquia com suporte integral da franqueadora.
Eduardo Guerra, diretor de expansão do Giraffas
Giraffas no Brasil
400 franquias. A rede conta com 400 unidades em funcionamento. Todas franqueadas. São três principais formatos: lojas de rua, lojas em shoppings e unidades em hipermercados. A marca tem também um modelo complementar (exclusivo para franqueados da rede): quiosque de sobremesas.
Valor da franquia. O investimento varia entre R$ 817 mil e R$ 1,257 milhão, conforme o modelo. Os quiosques custam de R$ 213 mil a R$ 235 mil.
Em 2024, o faturamento bruto de toda a empresa foi de R$ 1,27 bilhão. O lucro não é divulgado.
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