Conheça cinco características do Batman que podem ajudá-lo a evoluir no trabalho
Edson Valente
Do UOL, em São Paulo
21/08/2012 06h00
Thomas Edison já dizia que talento é 1% inspiração e 99% transpiração. Assim, geralmente mais vale uma habilidade “normal” bem desenvolvida que uma capacidade acima da média que não é trabalhada.
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A máxima do esforço como segredo do sucesso pode ser verificada também no mundo dos super-heróis. O exemplo, no caso, é Batman, que voltou aos cinemas em novo filme.
Trata-se de um personagem que não possui qualquer poder sobre-humano nato. Todas as suas expertises foram arduamente conquistadas com estudo e treinamento.
A superação de obstáculos na busca pelo aperfeiçoamento, característica marcante do homem-morcego, sustenta-se em “valores e crenças muito fortes”, analisa Sandra Cabral, diretora de desenvolvimento da consultoria de recursos humanos DMRH.
“O segredo da disciplina do personagem, que pode nos servir de guia no cotidiano profissional, é ele ter uma visão dos objetivos que quer alcançar”, detecta o consultor de recursos humanos Luiz Pagnez.
E, no universo corporativo, diz Cabral, persistir em objetivos está diretamente ligado a ter “aderência aos valores da organização”. “Faz toda a diferença, agrega sentido ao trabalho.”
Outra lição aprendida com as “bat-aventuras” é a de fazer bom proveito de uma oportunidade, afirma a consultora da DMRH. Bruce Wayne decidiu lutar pela justiça depois de ter presenciado o assassinato dos pais quando criança.
“Foi o mobilizador de sua resiliência. Ele poderia ter se acomodado, já que era rico, e adotado a postura de que o mundo se explodisse. Mas, em vez disso, aproveitou os recursos financeiros para perseguir um ideal”, reflete.
Autoconhecimento
Se ninguém nasce sabendo tudo ou forte o bastante para mudar o mundo – lembre-se que o Superman é uma exceção –, em geral as pessoas são naturalmente mais aptas para esta ou aquela atividade.
Assim, descobrir os campos de atuação em que pode sair-se melhor é um dos fatores principais para não se deixar abater pelo vilão da infelicidade profissional.
Batman não utiliza armas de fogo, pois, como foram o meio usado na morte de seus pais, traumatizou-se com elas. Dificilmente se tornaria um exímio atirador, e o tempo que dispenderia para corrigir uma fraqueza certamente foi mais bem empregado para potencializar suas qualidades.
“O autoconhecimento é primordial”, resume Cabral. “É preciso olhar para si mesmo e perguntar: quais são os meus superpoderes?”