Justiça condena Sadia ao pagamento de R$ 300 mil por trabalho degradante
A Sadia foi condenada pela da 16ª Vara do Trabalho de Brasília ao pagamento de R$ 300 mil por dano moral coletivo por não fiscalizar as condições dos seus funcionários terceirizados, que eram submetidos a trabalho degradante. Ainda cabe recurso da decisão.
A decisão foi divulgada na segunda-feira (3) pelo MPF (Ministério Público do Trabalho). Os terceirizados, recrutados em Minas Gerais e na Bahia, trabalhavam no apanhamento de frango para carregar caminhões.
Segundo a ação civil pública movida pelo MPF no Distrito Federal, os trabalhadores não recebiam água potável e os alojamentos não tinham ventilação, as instalações elétricas e sanitárias eram precárias. Os procuradores ainda apontam que o grupo não utilizava equipamentos de proteção individual e carregavam peso excessivo.
Além do pagamento de R$ 300 mil por dano moral coletivo, a Sadia terá que fiscalizar a proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores terceirizados. Caso a decisão seja descumprida, a empresa deverá pagar uma multa diária de R$ 500 por funcionário prejudicado.
Em nota, a BRF Brasil Foods, dona da Sadia, afirmou que fiscaliza sua cadeia de fornecedores para que sejam cumpridas as normas regulamentadoras de proteção à saúde e à segurança do trabalho. "A companhia analisará o fato e adotará todas as medidas cabíveis e necessárias, e ressalta que não compactua com condições precárias de trabalho, mesmo quando os funcionários são contratados por produtores rurais ou terceiros", disse.
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