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PF prende casal que vendia diploma de corretor de imóveis em MG

Renata Tavares

Do UOL, em Uberlândia

04/10/2013 10h17

A Polícia Federal prendeu, na quarta-feira (2), um casal suspeito de vender diplomas de curso técnico de corretor de imóveis por até R$ 1.500 em Uberlândia (MG).

A mulher de 49 anos e o homem de 53, que não tiveram os nomes revelados, foram detidos numa sala de um edifício comercial no centro da cidade.

No local, a PF apreendeu documentos e correspondências entre uma instituição de ensino de Brasília (cujo nome também não foi revelado) e o casal, além de papéis timbrados que provavelmente eram usados para imprimir os certificados.

Segundo o delegado Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, as investigações começaram há quatro meses quando o Creci-MG (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) fez a denúncia de que pessoas apresentavam certificados falsos para exercer a profissão na região do Triângulo Mineiro.

“Nós vamos investigar a participação da escola neste caso. Questionamos os responsáveis e eles negaram qualquer relação com o casal”.

A PF conseguiu identificar mais de 50 indivíduos que compraram o diploma do casal. Eles pagaram de R$ 800 e R$ 1.500 pelo documento.

“A suspeita é que eles tenham vendido milhares destes diplomas. Nós ainda estamos investigando e pretendemos identificar todos os compradores”, disse o delegado.

Exercício ilegal da profissão

Segundo Cotta D’Ângelo, as pessoas que compraram o diploma e que estão trabalhando como corretores poderão responder por exercício ilegal da profissão e contravenção. A pena pode chegar a seis anos de detenção.

“Os que identificamos assumiram o crime, mas foram liberados e vão aguardar a decisão judicial em liberdade”, disse.

De acordo com Elsa Cristina Rodrigues Lopes, delegada regional do Creci no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, existem cerca de 2.000 corretores registrados no conselho em Uberlândia, mas também há um número significativo de pessoas que trabalham sem o registro.

“Quando a pessoa vende um imóvel sem o Creci, não tem responsabilidade alguma com o cliente. É o mesmo que um advogado sem OAB ou um médico sem CRM", afirmou.