Um colega ou funcionário está de luto por morte na família? Saiba como agir
Ricardo Marchesan
Do UOL, em São Paulo
09/12/2014 06h00
Ninguém fica imune à morte de uma pessoa próxima, como um familiar. Os meses seguintes são marcados por profundas alterações no humor e comportamento. Inclusive no trabalho.
"Uma perda significativa impacta a forma como a pessoa se relaciona com o ambiente", afirma Teresa Gama, diretora da Projeto RH. "É como se passasse temporariamente por certa desorganização. Ela pode ficar suscetível a erros, enganos, desconcentração e perda de foco."
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Alguns voltam-se totalmente para a vida profissional, sem descanso e próximos do limite, como forma de superar o momento difícil.
Esse comportamento não é o ideal, nem para a pessoa, nem para a empresa, porque pode gerar problemas no futuro, como doenças e depressão, afirma a psicóloga Luciana Mazorra, uma das fundadoras do instituto de psicologia Quatro Estações, especializado em luto.
Os sintomas de cada pessoa no período após a morte variam. Ela pode mostrar tristeza, menos motivação para o trabalho, desânimo, dificuldade de concentração, alteração no apetite, problemas no sono, isolamento e irritabilidade. Gestores e colegas têm um papel fundamental para ajudar a superar.
Primeiro ano após a perda é o mais difícil
Luciana Mazorra afirma que não há um período determinado para a recuperação, mas o primeiro ano costuma ser mais difícil. "A pessoa vai viver pela primeira vez as datas sem o ente que morreu, como aniversário, Natal ou Dia das Mães", afirma. "Mas isso não quer dizer que depois de um ano o luto acabou".
O trabalho exerce um papel fundamental nesse momento, porque a pessoa pode mudar o foco e se sentir mais capaz de enfrentar o que está vivendo emocionalmente.