IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Grande maioria das vagas fechadas em 2015 atingiu jovens de 18 a 29 anos

Leticia Moreira/Folhapress
Imagem: Leticia Moreira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

16/09/2016 19h31Atualizada em 16/09/2016 19h32

Brasil perdeu 1,51 milhão de empregos com carteira assinada em 2015, e os principais afetados foram os jovens entre 18 e 29 anos. Do total de vagas fechadas, 1,15 milhão era de trabalhadores nessa faixa de idade.

Essa queda já havia sido registrada em 2014, mas não tão forte. Naquele ano, foram 245,4 mil postos de trabalho a menos entre quem tinha de 18 a 29 anos.

Os dados são do Ministério do Trabalho e foram divulgados nesta sexta-feira (16). Eles fazem parte da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um registro declarado anualmente por todas as empresas do país.

Aumento de vagas entre os mais velhos

Se os jovens foram as maiores vítimas do desemprego, por outro lado o número de vagas com carteira assinada cresceu, em 2015, entre os profissionais com mais de 50 anos de idade.

Foram 108,8 mil vagas a mais para quem tinha de 50 a 64 anos, e 45,6 mil postos criados para os que tinham 65 anos ou mais.

Porém, mais da metade dos trabalhadores está na faixa entre 30 a 49 anos e, nessa faixa etária, foram 406 mil postos de trabalho a menos em 2015.

Homens perderam mais empregos

O fechamento de vagas com carteira afetou homens e mulheres, mas eles perderam mais. Foram 1,07 milhão de vagas a menos entre os homens em 2015, o que representa uma queda de 3,81% em relação ao ano anterior. Entre as mulheres, foram 438,7 mil vagas a menos, uma queda de 2,05%.

A participação da mulher no mercado de trabalho continua sendo menor que a do homem. Elas representam 43,69% do total de trabalhadores com carteira assinada. Esse número se manteve estável nos últimos anos, segundo o Ministério do Trabalho.

Mulher continua com salário menor

Os dados também indicam que as mulheres continuam com um salário menor do que os homens.

Em 2015, elas ganharam, em média, R$ 2.388,98, contra R$ 2.863,55 dos homens.

Ambos, porém, tiveram queda no salário médio no ano.

Como alternativa, desempregados mudam das áreas de formação

Band Notí­cias