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Falta trabalho para 27,6 milhões de pessoas no país, aponta IBGE

Do UOL, em São Paulo

16/08/2018 09h15

No segundo trimestre de 2018, faltou trabalho para 27,6 milhões de pessoas no Brasil. A chamada taxa de subutilização da força de trabalho foi de 24,6%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O indicador inclui os desempregados, os subocupados (que trabalham menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar). 

De acordo com o IBGE, o resultado é considerado estável em relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%) e teve alta na comparação com o segundo trimestre de 2017 (23,8%).

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Desalento recorde

O número de desalentados (que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, resultado superior ao do 1º trimestre de 2018 (4,6 milhões) e do 2º trimestre de 2017 (4 milhões de pessoas). Esse foi o maior contingente de desalentados desde 2012, quando a pesquisa começou a ser feita. 

De acordo com o IBGE, a população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: "não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga". Ela faz parte da força de trabalho potencial.

Desemprego foi de 12,4%

No segundo trimestre do ano, o desemprego no país foi de 12,4%, em média, de acordo com dados do IBGE. 

O número de desempregados no Brasil foi de 13 milhões de pessoas. Isso representa queda de 5,3% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2017, são 520 mil desempregados a menos, uma queda de 3,9%.

Taxa é maior entre pretos e pardos

De acordo com a pesquisa, enquanto a taxa de desemprego dos que se declararam brancos (9,9%) ficou abaixo da média nacional (12,4%), a dos pretos (15%) e a dos pardos (14,4%) ficaram acima. No segundo trimestre de 2018, os pardos representavam 47,9% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,4%) e pelos pretos (8,5%).

O uso do termo "preto" costuma ser criticado nas redes sociais como supostamente preconceituoso, mas é a terminologia oficial da pesquisa do IBGE. O grupo mais genérico de "negros" reúne as cores específicas, "preta" e "parda", explica o IBGE.

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