País cria 48.436 vagas formais em junho, melhor saldo para o mês em 6 anos
O Brasil abriu 48.436 vagas de emprego com carteira assinada em junho. É o melhor saldo para o mês em seis anos, desde 2013, quando foram criadas 123.836 vagas formais.
O resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre contratações e demissões. Em junho, foram 1.248.106 contratações e 1.199.670 desligamentos. Em maio, o país havia aberto 32.140 vagas com carteira. Em junho do ano passado, foram fechadas 661 vagas formais.
No acumulado do primeiro semestre do ano, o país registrou a criação de 408.500 vagas com carteira. Em 12 meses até junho, o saldo é positivo em 524.931 postos de trabalho.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados hoje pelo Ministério da Economia.
Serviços puxam contratações; indústria demite
Entre os setores analisados, seis criaram vagas e dois fecharam. O setor de serviços foi o que mais abriu postos de trabalho, enquanto a indústria registrou o maior número de cortes.
Veja os resultados por setor:
- Serviços: 23.020
- Agropecuária: 22.702
- Construção civil: 13.136
- Serviços industriais de utilidade pública: 2.525
- Extração mineral: 565
- Administração pública: 483
- Comércio: -3.007
- Indústria: -10.988
Salário médio tem leve alta
O salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.606,62, enquanto a média na demissão foi de R$ 1.766,67. Quando descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), houve aumento de 1,42% no salário de contratação e alta de 1,4% no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior.
Em relação a junho do ano passado, houve crescimento de 1,57% no salário médio de admissão e de 1,49% no salário de demissão.
Trabalho sem horário fixo
Pela modalidade de trabalho intermitente, que prevê o trabalho sem horário fixo e com o empregado recebendo apenas pelas horas trabalhadas, foram registradas 15.520 contratações e 5.343 demissões em junho, um saldo positivo de 10.177 empregos.
As aberturas de vagas desse tipo se concentraram principalmente no setor de serviços (7.501), comércio (1.159) e construção civil (908). O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados do Caged consideram apenas os empregos com carteira assinada. Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 13 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio.
(Com Reuters)
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