Adiamento não vai dobrar custo do 'Enem dos Concursos', diz ministra
O adiamento do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido também como "Enem dos Concursos", não vai dobrar o custo de aplicação da prova, afirmou Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, durante entrevista no UOL News desta sexta-feira (3). Prova foi adiada após temporais no Rio Grande do Sul.
[Adiamos pois] Foi claro que [era o melhor] para garantir a segurança de todas as pessoas que participariam, e a segurança física das pessoas que estão em áreas de atingidas. Primeiro, obviamente, [tínhamos] a prioridade da segurança física das pessoas, em segundo a segurança jurídica da prova. Foi um acordo coletivo [...] de que a melhor decisão possível para todos os candidatos, não só o pessoal do RS que está abalado e sem condição de realização de prova, mas para todos os candidatos, a melhor forma foi adiar para todo mundo. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
[A decisão] Não vai dobrar o custo. A logística reversa já estava prevista porque, obviamente, a gente tem o processo de fazer as provas e depois as provas têm que voltar para o local onde elas serão corrigidas. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
O custo total do concurso foi inferior à arrecadação que a gente teve com [o pagamento] das inscrições mesmo com mais de 60 mil pessoas com isenção. [...] Sabíamos que fazer um concurso unificado também tinha um ganho de escala que baixaria o custo. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
Esther afirmou que o pagamento das inscrições dos mais de dois milhões de candidatos foi suficiente para cobrir os custos do concurso.
Conseguimos com as inscrições garantir o pagamento do custo [da prova] até agora. Tivemos alguma redução de custo por não aplicar a prova propriamente dita, não é um elevado custo de aplicação, mas é também um custo que a gente reduziu. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
O valor de R$ 50 milhões é uma estimativa ainda muito grosseira [para o custo logístico]. É possível que fique em torno desse valor, que seria menos da metade do valor total do concurso. Mas depende muito da situação logística: onde trouxeram as provas, todo processo de distribuição que tem um custo, se a gente vai conseguir de fato que essa prova seja mantida [no seu local de] aplicação. Quando a gente lançar a data, vamos ter tudo isso estimado e vamos poder precisar o custo desse adiamento. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
Em duas semanas teremos nova data; provavelmente não será maio, diz ministra
O Concurso Nacional Unificado ainda não tem data remarcada, mas a ministra garante que novo anúncio será dado em breve.
O que posso dizer é que em duas semanas a gente vai ter uma nova data. Mas se vai ser em maio, junho e julho, realmente eu não posso dizer agora nesse momento, porque realmente depende muito das condições. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
Vamos tentar antecipar ao máximo a divulgação da nova data para os candidatos poderem se reprogramar. Mas eu realmente não posso dizer se a gente vai conseguir fazer [por agora]. Em maio, provavelmente não. Mas eu não diria 100%. Mas em maio [realmente] provavelmente não. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil conta quais dificuldades logísticas existem no momento.
Queria reforçar qual a dificuldade que a gente tem. Primeiro, o próprio Rio Grande do Sul que obviamente a gente precisa saber quando os locais das provas estarão disponíveis pra fazer, que a gente tenha retomado uma normalidade, que as pessoas estejam saindo dessa tragédia, que é uma coisa muito triste. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
Não é só a questão do Rio Grande do Sul. Preciso garantir os locais de prova, que as pessoas que iam fazer a fiscalização estarão disponíveis, então a gente precisa de umas duas semanas para fazer todo esse processo de garantia da logística e poder estabelecer uma nova data. Esther Dweck, ministra da Gestão e Serviços
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