Símbolo da criatividade brasileira, mas também da dificuldade existente para solucionar problemas sociais básicos, a favela subiu ao palco do Cannes Lions 2022, o maior festival de criatividade do mundo - realizado entre 20 e 24 de junho na Riviera Francesa. Convidado secreto do último dia do evento, quem assumiu a responsabilidade de levar a favela até lá foi Edu Lyra, CEO da Rede Gerando Falcões, ecossistema de desenvolvimento social organizado dentro das comunidades para transformar a vida de jovens, líderes e moradores desses núcleos por meio de educação socioemocional e profissional, além do acesso às oportunidades de trabalho e tecnologia.

Lyra falou para um auditório lotado sobre sua história e sua meta de erradicar a pobreza nas favelas antes de ver cumpridos outros objetivos bilionários - e menos urgentes - que dominam o noticiário, como a colonização do planeta Marte.

"Eu sou uma exceção - sou um em um milhão e minha história não é nada comum. A bolha que eu furei não é feita para ser furada", disse Lyra, nascido em uma favela na periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo. "Hoje trago aqui a mensagem para um outro possível Edu Lyra, que vai nascer numa favela em 2050. Dizem que, até lá, Marte já estará colonizado. Imagine estradas, parques, áreas verdes e casas 3D construídas lá, enquanto as favelas aqui ainda não têm saneamento básico, escolas, eletricidade, oportunidades e dignidade. Se há ciência suficiente para nos levar a Marte, deve haver uma solução possível para o meu futuro", disse ele.

Lyra foi apresentado à audiência de Cannes pelo também brasileiro Eco Moliterno, líder criativo (Chief Creative Officer) da Accenture Song para a América Latina. A Accenture é empresa parceira no desenvolvimento de projetos especiais e na amplificação das mensagens e alcance da Gerando Falcões para o Brasil e para o mundo. No palco, Lyra deu três conselhos à audiência do Cannes Lions que podem ajudar a guiar o olhar das novas gerações sobre a relação existente entre riqueza, economia e liderança:

1
O único jeito de sobreviver é com colaboração
Não importa se você tem muito ou pouco dinheiro, se mora em Bangladesh ou Nova York.
2
Uma coisa é ser rico, outra é ser elite
Uma pessoa pode ser tão pobre que a única coisa que ela tem é dinheiro. Ser elite é liderar. Elite influencia. O mundo precisa de menos pessoas ricas e mais pessoas da elite.
3
Você não vai ser só avaliado por seu patrimônio econômico
Quem vai definir se sua geração se destaca ou falha é a minha geração.

Ao final, o CEO da Gerando Falcões aproveitou o ambiente do festival, formado por pessoas de diferentes setores da indústria criativa, para reforçar sua provocação:

Trabalhe em conjunto para garantir que seja possível acabar com a pobreza e os riscos da mudança climática antes de Marte ser colonizado. Só o poder das ideias pode salvar o meu futuro.

Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões

Juntos e mais fortes

Gerando Falcões e Accenture já trabalham em conjunto desde 2016. A gigante global auxilia o desenvolvimento da rede liderada por Edu Lyra como um todo. Como parceira social da operação, a Accenture aplica à Gerando Falcões o pool completo de serviços da companhia, desde consultoria às soluções de tecnologia e estratégias de otimização de negócios. A Accenture Song, especificamente, cria ecossistemas de engajamento para a plataforma Gerando Falcões. É uma entrega feita por times integrados de design, publicidade, experiência, planejamento, criação de plataformas digitais e transformação por meio de dados. Hoje liderada globalmente por David Droga, um dos mais premiados e reconhecidos criativos do mundo, a Accenture Song entrega serviços relevantes para assegurar o crescimento de seus clientes.

"Nossa relação com a Gerando é a mais completa possível, com todos os melhores times da Accenture auxiliando em cada etapa do processo. Além dos ganhos sociais fundamentais e poderosos, essa parceria mostra os impactos reais que podemos ter com os nossos projetos, bem como a força da combinação entre tecnologia, comunicação, o olhar consultivo e a entrega focada em transformação de negócios", diz Eco Moliterno, da Accenture Song. "Tudo isso puxado pela criatividade, o que possibilita uma entrega mais holística e completa, de ponta a ponta".

Dois projetos recentes ilustram a parceria Accenture e Gerando Falcões. Um deles é o "Favela X", programa de inovação lançado em 2021 que une tecnologia, escalabilidade e ciência para transformar as favelas em ambientes "3D": Dignos, Digitais e Desenvolvidos. Iniciado em etapa piloto na Vila Itália, comunidade em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, o projeto comprova como ações replicáveis em todas as regiões do Brasil ajudam a vencer desafios que vão da construção de casas e outras melhorias estruturais até programas de capacitação e empreendedorismo.

Em maio deste ano, a Gerando Falcões lançou o "Missão Favela X", projeto criado em parceria com a Accenture Song que deu início ao que Lyra chama de "Metaverso Social". O projeto tem como um de seus principais objetivos usar tanto a audiência quanto a linguagem dos jogos eletrônicos da plataforma Roblox para informar e conscientizar os gamers sobre os desafios comuns das favelas, como infraestrutura, saneamento básico, educação, tecnologia e cultura. E tudo ocorre dentro do jogo no metaverso, com fases que divertem e informam sobre estes desafios.

Cada vez mais, a Gerando Falcões quer trazer as tecnologias mais avançadas para resolver os problemas de quem está na ponta da sociedade. Por isso, a gente foi buscar no metaverso uma forma de conectar crianças que nunca estiveram numa favela com o ambiente e as dificuldades que as comunidades mais carentes vivem.

Eco Moliterno, líder criativo da Accenture Song para a América Latina

O que nos interessa é promover mudanças e transformações reais na vida das pessoas. E, para isso, é fundamental saber unir tecnologia, estratégia de negócios e criatividade de forma harmoniosa e eficaz. É preciso sair das margens da indústria e reimaginar tanto a comunicação quanto as experiências possíveis."

Giovanni Rivetti, head of growth da Accenture Song para a América Latina

Cultura e transformação

A parceria entre Accenture e Gerando Falcões também mostra como têm crescido, de forma acelerada, o protagonismo e a relevância de temas ligados ao ESG (Environment, Social, Governance) nas empresas. Aprimorar operações para amplificar ações ligadas a temas como sustentabilidade, meio ambiente, governança corporativa e social é chave por se tratar, ao mesmo tempo, de uma agenda inquestionavelmente prioritária, e de ser boa para os negócios.

"Nossa fortaleza é justamente combinar criatividade com conhecimento de negócios, das indústrias e de tecnologia para criar soluções que trazem um impacto 360°: relevância para os clientes e para os talentos da empresa, inclusão, diversidade, sustentabilidade, experiência e resultado financeiro", resume Cristiano Dencker, líder da Accenture Song na América Latina.

Inspirada no conceito de "life centric", que pressupõe ir além das necessidades das pessoas como consumidoras para criar soluções que melhoram vidas, a empresa preza por assegurar valor duradouro em todas as dimensões - para clientes, pessoas e comunidades. Atualmente, a Accenture reúne em sua estrutura global 710 mil funcionários - sendo 18 mil só no Brasil - que atuam em mais de 7 mil clientes em 120 países.

Um dos valores mais fortes da Accenture é conseguir identificar e mensurar, claramente, o impacto positivo para o cliente. Isso não se restringe ao mundo corporativo ? este valor transborda para as necessidades do País e da sociedade. O trabalho com a Gerando Falcões é um exemplo prático disso.

Camila Schalch de Andrade, managing director da Accenture Song

Durante o Cannes Lions, o interesse de Camila se concentrou nas palestras sobre cultura corporativa - com destaque para a da líder global de marketing Bozoma Saint-John, ex-Netflix, Uber e Endeavor, intitulada "It's Not Job-Hopping, It's Skill-Building" ("Não é pular de emprego em emprego, é desenvolver habilidades", em tradução livre). Na apresentação, Camila identificou uma série de alinhamentos com as práticas da Accenture, local e globalmente.

"A pandemia deixou ainda mais evidente o quanto a cultura corporativa é importante. E que ela claramente auxilia não só no desafio de reter e atrair os melhores talentos, mas, consequentemente, no de gerar melhores resultados", diz Camila. "É dentro desse ambiente positivo que a gente consegue realizar o que para muitos é impossível."

A Accenture tem uma cultura de constante transformação e mudança, que combina engenhosidade humana e tecnologia. Por isso, nosso mote é "Que venha a mudança". A Accenture Song é o braço de transformação para acelerar o crescimento por meio da criatividade e ajuda nossos clientes a se transformarem para serem mais relevantes para seus clientes. Para atingir estes objetivos, temos que trabalhar de forma colaborativa, inclusiva, empática e divertida, potencializando nossa alquimia única, que mistura criatividade, habilidade e competência

Cristiano Dencker, líder da Accenture Song na América Latina

Conteúdo de Marca

A favela chegou a Cannes

O único jeito de sobreviver é com colaboração

Uma coisa é ser rico, outra é ser elite

Você não vai ser só avaliado por seu patrimônio econômico

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