Os sistemas de day trading também contam com mecanismos que automatizam certas decisões - e significam que você não precisa passar o pregão todo acompanhando o vaivém do mercado.
Os mais importantes, especialmente para quem está começando, são os chamados stops. Existem dois tipos. O primeiro é o stop loss. Digamos que você tenha comprado uma ação a R$ 30 pela manhã. Você pode estabelecer um patamar inferior - R$ 25, por exemplo - para que o sistema automaticamente venda seus papéis e limite suas perdas.
No stop gain, a lógica é invertida. Caso você determine a venda quando a ação bata em R$ 35, seu lucro será realizado automaticamente. A vantagem dessa ferramenta é garantir algum ganho. O papel pode subir ainda mais, mas depois cair. Se você não estiver com o dedo no gatilho no momento certo, vai perder a oportunidade.
Esse foi um dos aprendizados de Carine Fernandes, de Niterói. Hoje ela sempre utiliza os stops em suas negociações. Mas não foi sempre assim.
Quando começou a se interessar pelo day trade, no início da pandemia, Carine optou por opções binárias, um tipo de investimento mais sofisticado e complexo. "Numa das minhas primeiras operações, perdi o valor de um carro zero importado", diz ela.
Depois do baque, ela investiu em estudos (que incluíram um curso pago e bate-papos no app Clubhouse). Hoje, ela se dedica exclusivamente ao day trade. Mas sua jornada de aprendizado é contínua. Carine opera das 9h às 14h, e no restante do dia continua aprendendo mais sobre day trading.
"O nível de conhecimento vai do prezinho até doutorado", diz Charles Nadder, analista da Clear e apresentador de uma live para tirar dúvidas dos investidores. "O importante é sempre estar disposto a aprender e a ter metas realistas."