O Impulsionamento do desenvolvimento tecnológico e os descontos na fatura mensal estão entre os diversos benefícios da abertura do Mercado Livre de Energia para a sociedade. E o seu acesso a PMEs pode ser o primeiro passo para uma revolução no setor energético semelhante à ocorrida em outros segmentos da economia, que tiveram crescimentos exponenciais após a privatização.
Na telefonia brasileira, por exemplo, o número de acessos na rede móvel subiu de 7,4 milhões em 1998, quando foi privatizada, para 251 milhões até o primeiro trimestre deste ano, segundo a Conexis Brasil Digital, associação que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade. Na televisão por assinatura, que pode ser oferecida por operadoras telefônicas, o total de assinaturas passou de 2,6 milhões para 27 milhões, no mesmo período.
"No setor elétrico, temos muito a avançar, mas estamos no caminho certo", afirma Vianna. De fato, segundo último o levantamento da CCEE, o Brasil bateu recorde de migrações de consumidores livres de janeiro a agosto de 2023. Foram 4,8 mil solicitações de adesão em oito meses, alta de 65% a mais que em todo o ano de 2022.
A tendência é que esses números aumentem a partir de 2024 e sigam crescendo nos próximos anos. "Esse é o primeiro passo para uma adesão gradativa e massiva da população brasileira ao Mercado Livre de Energia", afirma o vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia.
Quando isso acontecer, a economia na conta de energia elétrica pode chegar a R$ 35 bilhões por ano, beneficiando todas as classes de consumidores, sobretudo os de baixa renda, que teriam de 7,5 a 10% de descontos adicionais, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).