O otimismo com o desenvolvimento do setor atinge sobretudo o Estado de São Paulo, que concentra 4 mil das 13.696 startups do país, com uma grande diversidade de áreas de atuação. As startups do estado empregam quase 100 mil pessoas, segundo dados do Distrito. Mais da metade delas nasceram nos últimos seis anos. "Em 2021, o Estado deve crescer 7,5%, e tecnologia é um dos setores que mais crescem", diz a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patricia Ellen.
Além de orçamento maior previsto pelo governo do Estado para o setor e diversas iniciativas voltadas para fomentar o desenvolvimento de startups, São Paulo conta com um elemento essencial para estimular iniciativas empreendedoras de base tecnológica: os hubs de inovação.
Para entender melhor o cenário, é preciso explicar que startup são empresas que nascem de modelos enxutos e têm a tecnologia como sua ferramenta principal. Uma outra característica é que a solução que elas oferecem é escalável, ou seja, permite que a empresa cresça rápido mantendo seus custos sob controle.
Mas criar produtos e soluções novas e emplacá-las no mercado não é tarefa fácil. Para que esse modelo tenha maior chance de sucesso, o ambiente importa — e muito. E são justamente os hubs de inovação que estimulam esse processo, formando uma rede de apoio para que uma startup se desenvolva.
Hubs são ambientes físicos em que o empreendedor pode ter acesso a apoio técnico, à troca de experiência com outros empreendedores e a reuniões com potenciais investidores e clientes, por exemplo.
Em São Paulo, há grandes hubs de inovação, como o Cubo, Google Campus e o Distrito, que reúnem centenas de startups em diferentes estágios e voltadas para áreas diversas. Os hubs geram ecossistemas mais inovadores, que estimulam uma cultura de colaboração entre os empreendedores. A cidade também concentra as fintechs, startups voltadas para novas soluções financeiras, além de ser sede da maior parte dos unicórnios brasileiros - startups com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.