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Este conteúdo é uma produção do UOL Content_Lab para Sebrae-SP e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL. Publicado em outubro de 2021

Inovação como vocação em SP

Com ampliação da vida digital, startups se consolidam como uma nova economia e vão receber apoio para crescer

oferecido por Selo Publieditorial Adobe

Nos últimos 18 meses, enquanto o mundo enfrentava a pandemia de coronavírus, uma revolução tecnológica se consolidou na economia paulista. Fazendo o meio de campo entre seu prato favorito e você ou você e seu próximo apartamento, por exemplo, as startups de São Paulo ganharam robustez durante o isolamento social, alavancadas pela maior inserção digital e a busca por soluções inovadoras.

"Para as startups, a pandemia foi uma janela de oportunidades para expandir", diz Michel Porcino, gerente de inovação do Sebrae-SP. "Se não fossem as startups, muitos negócios estariam quebrados", reforça. Ele cita o exemplo dos restaurantes, que encontraram em soluções terceirizadas de delivery a oportunidade para manter as portas abertas em meio à crise.

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O volume de investimentos em startups brasileiras nos primeiros sete meses deste ano já superou o total investido no ano passado - que já tinha sido surpreendente. Em 2019, o Brasil empatou com a Alemanha em terceiro lugar em número de unicórnios — empresas cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhão. De janeiro a julho deste ano, US$ 622 milhões já foram investidos por grandes empresas em startups no país, segundo a Distrito. "Isso gerou um ambiente internacional de grande visibilidade", conta José Muritiba, diretor-executivo da Abstartups (Associação Brasileira de Startups).

Segundo o levantamento da associação, a maioria das startups brasileiras ou não sofreu impactos no faturamento durante a pandemia ou viu os ganhos aumentarem. Com isso, 46% delas contrataram funcionários durante o período, enquanto só 16% fizeram demissões. Isso explica um cenário de otimismo com o futuro.

"Esse avanço continuará existindo devido ao estágio de maturidade do ecossistema. Os investidores se sentem seguros e isso se retroalimenta. A previsão é de que 2022 seja ainda melhor", comemora Muritiba.

Tecnologia como motor do desenvolvimento

O otimismo com o desenvolvimento do setor atinge sobretudo o Estado de São Paulo, que concentra 4 mil das 13.696 startups do país, com uma grande diversidade de áreas de atuação. As startups do estado empregam quase 100 mil pessoas, segundo dados do Distrito. Mais da metade delas nasceram nos últimos seis anos. "Em 2021, o Estado deve crescer 7,5%, e tecnologia é um dos setores que mais crescem", diz a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patricia Ellen.

Além de orçamento maior previsto pelo governo do Estado para o setor e diversas iniciativas voltadas para fomentar o desenvolvimento de startups, São Paulo conta com um elemento essencial para estimular iniciativas empreendedoras de base tecnológica: os hubs de inovação.

Para entender melhor o cenário, é preciso explicar que startup são empresas que nascem de modelos enxutos e têm a tecnologia como sua ferramenta principal. Uma outra característica é que a solução que elas oferecem é escalável, ou seja, permite que a empresa cresça rápido mantendo seus custos sob controle.

Mas criar produtos e soluções novas e emplacá-las no mercado não é tarefa fácil. Para que esse modelo tenha maior chance de sucesso, o ambiente importa — e muito. E são justamente os hubs de inovação que estimulam esse processo, formando uma rede de apoio para que uma startup se desenvolva.

Hubs são ambientes físicos em que o empreendedor pode ter acesso a apoio técnico, à troca de experiência com outros empreendedores e a reuniões com potenciais investidores e clientes, por exemplo.

Em São Paulo, há grandes hubs de inovação, como o Cubo, Google Campus e o Distrito, que reúnem centenas de startups em diferentes estágios e voltadas para áreas diversas. Os hubs geram ecossistemas mais inovadores, que estimulam uma cultura de colaboração entre os empreendedores. A cidade também concentra as fintechs, startups voltadas para novas soluções financeiras, além de ser sede da maior parte dos unicórnios brasileiros - startups com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

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Rodovia São Carlos-Ribeirão Preto

O potencial de inovação no interior

Mas existe muita vida empreendedora fora da capital paulista. Com a ampliação dessa nova economia e o fortalecimento dos Parques Tecnológicos, cidades do interior do estado viram crescer mais de mil startups nos últimos anos.

"Queremos subir essa maré para todos e fomentar toda a região", diz Muritiba, da Abstartups. "Com o avanço e desenvolvimento das regiões no interior, a intenção é que a gente consiga ter maior equilíbrio, trazendo essas regiões para patamares próximos ao que a gente encontra na capital."

Cidades como Piracicaba, com o desenvolvimento de inovações para a agroindústria, Sorocaba, com soluções para indústria 4.0, e Barretos, com as startups de saúde, se tornaram polos vocacionais também para startups. Campinas, Barueri, Botucatu, São José dos Campos, São Carlos e Taubaté também são identificadas como polos em que hubs de inovação estão em consolidação e podem impulsionar a expansão do número de empresas inovadoras no Estado.

Nos últimos anos, novos hubs têm surgido no interior, como ONOVOLAB, em São Carlos, o Nexus Lab, em São José dos Campos, Venture Hub em Campinas, o Agtech Garage, em Piracicaba, além da atuação de mais de 20 Parques Tecnológicos e incubadoras de startups espalhados pelo Estado, "O interior está mudando rápido, e São Carlos é um desses exemplos, com mais investidores e grandes empresas se conectando na região. Consigo enxergar essa cultura de startup cada vez mais presente em outras cidades do interior", diz Porcino, do Sebrae-SP.

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Iniciativas para alavancar a busca por inovação

O Sebrae-SP lançou uma nova frente - Sebrae para Startups, com programas de fomento à inovação tecnológica no Estado e, por meio de diversas ações, que vão fortalecer ecossistemas de inovação e estimular o desenvolvimento de startups em São Paulo. "Entendendo essa movimentação de mercado e desenvolvemos um novo programa de estímulos", afirma Porcino. "O plano é fazer empresas inovadoras cresceram mais rápido, serem mais competitivas e mais inovadoras."

O intuito é alavancar São Paulo como hub global de inovação ao fortalecer o ecossistema de startups em diversas cidades do estado. Porcino explica que são dois movimentos: o fomento ao desenvolvimento de startups, vinculado a uma grande agenda, envolvendo programas de aceleração, conexão com investidores e acesso a mercados; e o apoio aos Parques Tecnológicos e ambientes de inovação em todo o Estado, com foco no longo prazo. "Por mais que tenha inovação em qualquer lugar, os polos são importantes para promover um ambiente de troca e facilidade de acesso a investidores", diz Porcino.

"Unimos forças, Sebrae, universidades e parques tecnológicos para agirmos de forma integrada", diz Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico. "Cada um de nossos parques tecnológicos é focado em uma área, tem uma vocação específica. Queremos criar modelos mais impactantes e impulsionar ambientes que já existem no Estado. A parceria com o Sebrae fortalece isso."

Outra ação do Sebrae para estimular o desenvolvimento de startups científica (deep techs) é fruto de uma parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que atua no fomento à pesquisa e inovação. Com investimento de R$ 150 milhões em seis anos, a primeira fase conta com a selecionar negócios de base científica e tecnológica, que receberão até R$ 1,25 milhão cada um. A seleção está aberta até o dia 19 de outubro, por meio de edital.

Ao fortalecer esse ambientes nas cidades do interior seguindo suas vocações e estimular o desenvolvimento de novas startups na capital, São Paulo quer colocar o Brasil entre os países mais inovadores do mundo.

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