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11 dicas para fazer a festa de casamento dos sonhos sem se endividar

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Imagem: iStock

Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/05/2016 06h00

Casar não é barato, e a crise financeira pode dificultar ainda mais a realização desse sonho. A saída é planejar o casamento com antecedência na ponta do lápis, além de pesquisar e barganhar preços.

Para saber como fazer a festa sem se endividar, o UOL entrevistou Giovanni Coutinho, educador financeiro do site Dinheirama e co-autor do e-Book "O Casamento dos Seus Sonhos" (baixe gratuitamente pelo link encurtado e seguro: http://zip.net/bdtjDz); Maria Inês Dolci, supervisora institucional da Proteste, entidade que também disponibiliza o e-book gratuito "Guia do Casamento" (download pelo link http://zip.net/bdrcgS); Marcos Sanches, da Marcos Sanches Assessoria; e Raquel Esteves, da Plim Assessoria de Eventos.

Confira as dicas dos especialistas a seguir:

1) Antes de começar, defina um valor

Estime quanto o casal consegue poupar por mês. Acompanhe os gastos com planilhas. Segundo Raquel Esteves, se o casal juntar R$ 3.000 por um mês durante um ano (R$ 36 mil), é possível realizar uma boa festa para 200 convidados. 

2) Quanto antes começar, melhor

O tempo de antecedência ideal para começar a planejar a festa de casamento, segundo Maria Inês Dolci, é de um ano e meio a dois anos antes do evento, para dar tempo de pesquisar ao menos três orçamentos para cada serviço e negociar com fornecedores. 

3) Mantenha uma reserva financeira

Separe de 10% a 20% do orçamento para emergências. “Se conseguiu juntar R$ 40 mil, deixe R$ 4.000 para emergências e gaste apenas R$ 36 mil”, diz Coutinho. Caso seja necessária uma contratação de última hora, é preciso ter dinheiro para resolver problemas não esperados, como a ausência de um fotógrafo, por exemplo.

4) Não se endivide

Alguns casais tomam empréstimos para poder pagar a festa de casamento. Giovanni Coutinho e Maria Inês Dolci condenam a prática. Não é aconselhável começar a vida a dois endividados, dizem. Segundo eles, a experiência de manter os limites financeiros do casal é positiva para o futuro do par.

5) Atenção à lista de convidados

A lista de convidados é o item a ser mais bem avaliado, pois interfere diretamente nos custos da festa. Coutinho diz que a lista costuma ser grande porque são convidados familiares e amigos que muitas vezes não têm ligação emocional com o casal.

“Se a pessoa não participa do seu dia a dia, não deve esperar privilégio num evento restrito”, diz Coutinho. Raquel Esteves diz que o número de convidados de uma festa de casamento é de 150 pessoas, em média, mas é possível fazer uma festa animada mesmo com 50 convidados.

6) Relacione tudo o que precisa ser contratado

Qual será o local da cerimônia? Quais os gastos com comida, bebida, trajes, fotografia? Tudo precisa ser anotado. Negocie descontos com cada um dos fornecedores. Prefira pagar à vista. Se não for possível, divida as parcelas para caber no orçamento do mês. O bufê costuma ser a despesa mais pesada da festa, correspondendo a quase metade dos gastos.

Veja este exemplo elaborado por Raquel Esteves para uma festa com 150 convidados:

  • Bufê: R$ 12.000 (40%)
  • Impressos (convites, cardápios, lembrancinhas): R$ 900 (3%)
  • Cerimônias civil e religiosa: R$ 900 (3%)
  • Transporte e estacionamento: R$ 900 (3%)
  • Som e iluminação: R$ 3.000 (10%)
  • Vestuário, maquiagem e cabeleireiro: R$ 2.400 (8%)
  • Foto e filmagem: R$ 4.500 (15%)
  • Decoração: R$ 3.600 (12%)
  • Assessoria (organização): R$ 1.800 (6%)
  • Total: R$ 30.000

7) Escolha o tipo de festa

Quanto mais formal o casamento, mais caro ele é. Um casamento com jantar, banda, lembrancinhas, trajes a rigor, igreja e lua-de-mel pode ultrapassar facilmente R$ 100 mil, afirma Marcos Sanches. Para economizar, em vez de bufê tradicional, é possível optar por um coquetel do tipo "finger food", com comidas servidas em copinhos e taças, por exemplo.

Ou até mesmo ir a uma churrascaria comemorar (com cada convidado pagando sua própria conta), como sugere Coutinho.

8) A escolha do mês interfere no bolso

Segundo Sanches, a escolha do mês para dizer o “sim” também aumenta ou diminui a despesa do casal. Maio, setembro, outubro e novembro são os meses mais procurados e mais caros. Maio tem um custo adicional: as flores sobem de preço pela proximidade com o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.

“Fevereiro é péssimo, chove muito e tem Carnaval”, diz. Dezembro é outro mês problemático. “As pessoas estão gastando para o Natal e as férias; o casal pode ter muitas faltas entre os convidados”, diz. "Janeiro é o melhor mês para conseguir descontos."

9) Cuidados com a lista de presentes

Quem opta pela lista de presentes deve tomar cuidados especiais com as lojas escolhidas, afirma Maria Inês Dolci. Verifique quais os procedimentos para troca dos produtos, se a loja tem reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, se é possível acompanhar as compras pela internet.

Também é aconselhável guardar cópia da lista. Os convidados também devem se certificar se os produtos comprados foram entregues. “Houve caso de o presente ir para uma noiva com o mesmo nome e data de casamento, que morava em outro Estado”, diz.

10) Sites permitem receber presentes em dinheiro

Os casais que já moram juntos e não precisam de tantos objetos para casa ou aqueles que estão no segundo casamento também podem utilizar sites de casamento que criam listas fictícias de presentes, que são entregues na forma de dinheiro aos noivos. Segundo Coutinho, essa é uma boa ideia para quem quer ajuda para pagar a viagem de lua-de-mel, por exemplo.

11) Aceite (ou contrate) ajuda

Se os amigos ou parentes quiserem colaborar com a festa, aceite. Coutinho cita alguns exemplos: a tia que faz doces deliciosos; uma cunhada que faz artesanato; o primo que tem um carro elegante. Outra possibilidade é contratar uma assessoria de casamento, cujo trabalho é planejar, negociar com fornecedores e auxiliar o casal até a realização da festa.