Recebeu o 13° salário? Veja 5 dicas para usar bem o dinheiro
Se você trabalha com carteira assinada, tem direito a receber a primeira parcela do 13° salário até 30 de novembro. A outra metade deve ser paga, no máximo, até 20 de dezembro. Cerca de 83,3 milhões de brasileiros vão receber o dinheiro extra neste ano, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Cuidado com a falsa sensação de que o 13º é inesgotável.
Henrique Tomaz de Aquino, planejador financeiro
Antes de sair gastando com compras e presentes de Natal, leia estas cinco dicas de especialistas e saiba aproveitar o 13º da melhor maneira.
1. Pague as dívidas e coloque as contas em dia
Quem tem dívidas pode usar o 13º para quitar as contas atrasadas ou, pelo menos, pagar parte do que deve. Caso esteja com o nome sujo na praça, use o dinheiro para tentar renegociar as dívidas e sair da lista dos inadimplentes.
Priorize as contas essenciais do dia a dia, como água, luz, gás, aluguel e condomínio. Nessa lista também devem ser consideradas prestações em atraso da casa, porque quem deixa de pagar esse tipo de financiamento pode perder o imóvel.
Em seguida, a recomendação é pagar dívidas mais caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Depois, o foco são outros tipos de dívida, como empréstimo pessoal ou crédito consignado, cujos juros costumam ser menores.
2. Antecipe parcelas de financiamentos
Quem não tem contas atrasadas, mas está pagando um financiamento ou empréstimo, pode aproveitar o 13º para antecipar o pagamento dessas despesas. Assim, é possível reduzir a quantidade de parcelas pendentes ou diminuir os juros.
"Ao amortizar as parcelas de um empréstimo, antecipando as últimas prestações, a instituição é obrigada a reduzir o valor", diz Henrique Tomaz de Aquino, planejador financeiro da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).
3. Guarde para os gastos do começo de ano
Quem não tem dívidas pode destinar parte do 13º para as tradicionais despesas do começo de ano, como IPTU, IPVA, material escolar (para quem tem filhos) etc..
Segundo os especialistas, a maioria das pessoas se surpreende todo ano quando as contas chegam. "Tê-las no radar e se preparar para pagá-las é uma forma de começar 2018 mais tranquilo", diz Aquino.
4. Faça uma reserva de emergência
Para quem não tem dívidas e já separou recursos para as despesas do começo de ano, a orientação é usar o 13º para fazer uma reserva de emergência. Os especialistas recomendam que esse colchão de segurança cubra, pelo menos, seis meses dos seus gastos mensais. Por exemplo, quem gasta R$ 1.000 por mês, precisaria ter uma reserva equivalente a R$ 6.000, no mínimo.
Ao investir, opte por aplicações de renda fixa, de baixo risco e de onde é possível sacar o dinheiro com facilidade se surgir algum imprevisto. Entre as opções de investimento sugeridas pelos especialistas estão Tesouro Selic e fundos DI.
Por ser um único salário, o 13º não pode ser separado em muitos objetivos, segundo o educador financeiro Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest. "Mas é possível iniciar uma poupança ou complementar o que já tem também", diz.
Se for possível, Aquino sugere dividir o 13º salário em três "potinhos": um terço para a reserva de emergência, um terço para engordar a poupança com foco na aposentadoria, e o restante para o dinheiro guardado para realizar algum sonho (casa própria, carro, viagem etc.).
5. Gaste, mas com moderação
Pegar o 13º e sair comprando presentes ou abastecendo a geladeira para a ceia de Natal não é uma atitude recomendada pelos especialistas, principalmente se você estiver com contas atrasadas.
Ainda assim, é possível usar parte do dinheiro extra para comprar presentes e itens para a ceia. Nesse caso, recomenda-se separar a primeira parcela do 13º, pois os preços costumam subir a medida que o Natal se aproxima.
Pense que esse dinheiro é fruto do seu trabalho e, por isso, merece respeito.
Mauro Calil, do banco Ourinvest
Então, antes de sair às compras, pesquise os preços dos produtos na internet e, na hora de pagar, pechinche. Com dinheiro em mãos, é mais fácil negociar descontos.
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