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Agora que o ano começou mesmo, ficou cheio de dívida? 6 passos para escapar

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Danylo Martins

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/02/2018 04h00

Quem começou 2018 no vermelho não precisa se desesperar. Com disciplina, é possível sair dessa situação.

“Não é porque iniciou o ano endividado que deve ficar desanimado. Aproveite esse ensejo para fazer o planejamento”, afirma o planejador financeiro Jaques Cohen, da consultoria Lab do Valor.

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Veja 6 dicas para você ter uma vida financeira mais tranquila em 2018:

1. Saiba para onde o dinheiro está indo

O primeiro passo é saber para onde o dinheiro está indo. Por meio de um orçamento pessoal ou familiar, liste todos os gastos e todas as fontes de renda (incluindo salário e eventuais aluguéis recebidos). Aplicativos, planilhas no computador ou um simples caderno ajudam nesse processo.

Cohen recomenda dividir os gastos em dois tipos: regulares (que ocorrem todos os meses), como contas de água, luz e aluguel, e os irregulares (que não têm frequência mensal), por exemplo, seguro do carro, consultas médicas particulares, viagens, IPTU e IPVA.

“Como não são gastos que ocorrem todo mês, faça uma estimativa de quanto teria de guardar mensalmente”, diz. Se o valor for R$ 1.200, divida-o por 12 (meses) e, assim, chega-se à quantia que precisará economizar por mês para pagar à vista quando a despesa chegar.

2. Corte gastos que não sejam essenciais

Feito o orçamento, busque despesas das quais você possa abrir mão, ou seja, que não vão fazer falta no seu dia a dia, diz Jaques Cohen. Também vale reduzir alguns itens, trocando-os por alternativas mais baratas. Por exemplo, pacotes de TV por assinatura,  tarifas altas de conta corrente no banco e planos de celular.

3. Identifique o tamanho das dívidas

Para sair do vermelho, é necessário conhecer o tamanho do problema, afirma Cohen. Levante todas as informações sobre cada uma das dívidas: para quem você deve (bancos, financeiras, lojas, amigos etc.), qual o valor total da dívida, incluindo juros, encargos, multas e outras taxas.

Refletir sobre como se endividou ajuda a mudar os hábitos, evitando que isso aconteça novamente no futuro, segundo os especialistas. Portanto, pare e pense para identificar como chegou ao endividamento.

4. Troque dívida cara por outra mais barata

Quem tem dívidas caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, precisa tomar cuidado porque elas podem se transformar rapidamente em uma "bola de neve". No cheque especial, a taxa de juros média era de 294,64% ao ano em janeiro, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

“Ao mesmo tempo em que essas dívidas são contraídas muito facilmente, costumam ser as mais difíceis de sair”, afirma Bruno Poljkan, diretor do Just, plataforma de crédito do aplicativo de controle financeiro GuiaBolso.

Os especialistas indicam trocar esses tipos de dívida por modalidades de crédito mais baratas, como empréstimo pessoal, consignado (quando as parcelas são descontadas do salário) ou linhas com garantia de imóvel ou veículo (conhecidas como refinanciamento).

Também vale a pena analisar as opções de crédito oferecidas pelas fintechs – empresas de serviços financeiros on-line. “Lembre-se de pesquisar o histórico da empresa e comparar a taxa de juros cobrada”, afirma Cohen.

5. Considere transferir a dívida para outro banco

Mais uma opção é pesquisar empréstimos em outras instituições financeiras, diz Cohen. Se encontrar condições e taxas de juros melhores, pode valer a pena recorrer à portabilidade de crédito.

6. Busque o credor para renegociar

Quem está com o nome sujo pode procurar o credor para renegociar a dívida. “Vale a pena insistir, mostrando interesse em pagar”, afirma Cohen. Nesse caso, é fundamental ter em mãos as seguintes informações sobre cada dívida:

  • Valor total se fosse quitar hoje
  • CET (Custo Efetivo Total), que inclui juros, encargos e outras taxas
  • Quantidade de parcelas pagas
  • Número de parcelas que ainda faltam
  • Valor das parcelas

Ao renegociar a dívida, conheça sua capacidade de pagamento, ou seja, tome cuidado para que as parcelas caibam no orçamento. “Mantenha o fluxo de caixa (entradas e saídas) sempre organizado para conseguir honrar o pagamento das prestações”, diz Poljkan.

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