Estudo: Brasileiro busca segurança ao investir, mas falta planejar ganhos
A maioria dos brasileiros que investe suas economias no banco está mais preocupada em guardar o dinheiro em um local seguro do que em obter um bom rendimento para a aplicação. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) com o apoio do Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (7).
Apenas 1% dos entrevistados enxerga os investimentos como uma possibilidade de conquistar algo no futuro. Esse grupo tem como objetivo usar os recursos para a aquisição de um bem ou para a realização de uma viagem, por exemplo.
“Os resultados mostram que as pessoas enxergam as instituições financeiras como um lugar seguro para deixarem suas economias. Falta ainda a compreensão de que o dinheiro guardado também pode trabalhar para elas, gerando ganhos para suas reservas financeiras e garantindo o poder de compra no futuro”, afirmou Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da Anbima.
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Conforme o levantamento, 54% das pessoas que investem buscam segurança, enquanto apenas 16% estão preocupadas com a rentabilidade do produto financeiro. Outros 12% preferem investir em produtos financeiros que permitem sacar o dinheiro quando precisarem, sem prejuízos.
“A liquidez é outro atributo muito valorizado pelo brasileiro. Mesmo que não haja a necessidade concreta de sacar o dinheiro, saber que isso é possível a qualquer momento também é uma forma de as pessoas se sentirem seguras”, disse Ana. “Esse é mais um fator que explica a predominância de investimentos de curto prazo no Brasil, como a caderneta de poupança.”
A pesquisa revelou ainda que uma parcela da população não reconhece os benefícios na aplicação em produtos financeiros (5%) ou não sabe quais são as vantagens de se investir (4%).
Foram ouvidas 3.374 pessoas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios. Participaram a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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